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segunda-feira, 2 de março de 2020

ASMONEUS


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Os asmoneus,[1] (em hebraicoחשמונאיםtransl.: Hashmonayim) também ditos asmoneanos ou asmonianos,[2] eram os membros da dinastia governante durante o Reino Asmoneu de Israel (140 - 37 a.C.),[3] um Estado judaico religioso independente situado na Terra de Israel. A dinastia dos asmoneus foi fundada sob a liderança de Simão Macabeu, duas décadas depois de seu irmão, Judas Macabeu ("Martelo") derrotar o exército selêucida durante a Revolta Macabeia, em 165 a.C. O Reino Asmoneu sobreviveu por 103 anos antes de render à dinastia herodiana, em 37 a.C. Ainda assim, Herodes, o Grande sentiu-se obrigado a se casar com uma princesa da casa dos asmoneus, Mariamne, para legitimar seu reinado, e participou de uma conspiração para assassinar o último membro homem da família dos asmoneus, que foi afogado em seu palácio, na cidade de Jericó.
De acordo com as fontes históricas, como o Primeiro e o Segundo Livro dos Macabeus, e o primeiro livro da Guerra dos Judeus, do historiador judeu-romano Flávio Josefo (37 - 100 d.C.),[4] o Reino Asmoneu teve seu início com uma revolta de judeus contra o rei selêucida Antíoco IV, que após sua bem-sucedida invasão do Egito ptolemaico ser minada pela intervenção da República Romana[5] passou a procurar assegurar seu domínio sobre Israel, saqueando Jerusalém e seu Templo, reprimindo as práticas religiosas e culturais judaicas, e impondo práticas helenísticas.
A Revolta Macabeia (167 a.C.), que se seguiu, deu início a um período de vinte e cinco anos de independência judaica, amplificada pelo colapso constante do Império Selêucida, diante dos ataques de potências emergentes como a República Romana e o Império Parta. No entanto, o mesmo vácuo de poder que permitiu ao Estado judaico ser reconhecido pelo senado romano em 139 a.C. passou a ser explorado pelos próprios romanos. Hircano II e Aristóbulo II, bisnetos de Simão Macabeu, tornaram-se peões numa guerra por procuração travada entre Júlio César e Pompeu, o Grande, que terminou com o reino sob a supervisão do governador romano da Síria, em 64 a.C. As mortes de Pompeu (48 a.C.), César (44 a.C.) e as guerras civis romanas que se seguiram afrouxaram o domínio romano sobre Israel, o que permitiu um breve ressurgimento asmoneu, com apoio do Império Parta. Esta independência pouco duradoura foi esmagada rapidamente pelos romanos sob o comando de Marco Antônio e Otaviano. Em 37 a.C. Herodes, o Grande foi instalado no poder como rei, fazendo de Israel um Estado-cliente romano, e pondo um fim à dinastia dos asmoneus. Em 44 d.C. Roma colocou no poder um procurador romano, exercendo o poder lado a lado aos reis herodianos (mais especificamente Agripa I, 41-44, e Agripa II, 50-100).


OS MACABEUS


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Os macabeus (do hebraico מכבים ou מקביםmakabim ou maqabim, "martelos"; em grego: ΜακκαβαῖοιIPA[makav'εï]) foram os integrantes de um exército rebelde judeu que assumiu o controle de partes da Terra de Israel, até então um Estado-cliente do Império Selêucida.[1][2] Os macabeus fundaram a dinastia dos Hasmoneus, que governou de 164 a 37 a.C., reimpuseram a religião judaica, expandiram as fronteiras de Israel e reduziram no país a influência da cultura helenística.
Seu membro mais conhecido foi Judas Macabeu, assim apelidado devido à sua força e determinação.
Os macabeus durante anos lideraram o movimento que levou à independência da Judeia, e que reconsagrou o Templo de Jerusalém, que havia sido profanado pelos gregos. Após a independência, os hasmoneus deram origem à linhagem real que governou Israel até sua subjugação pelo domínio romano em 37 a.C..

Início da revolta

Com a proibição em 167 a.C. da prática do judaísmo pelo decreto de Antíoco IV e com a introdução do culto do Zeus Olímpico no Templo de Jerusalém, muitos judeus que decidem resistir a esta assimilação acabam sendo perseguidos e mortos. Conforme diz o 1 Macabeus 1:56-64 :
"Quanto aos livros da Torá, os que lhes caíam nas mãos eram rasgados e lançados ao fogo. Onde quer que se encontrasse, em casa de alguém, um livro da Aliança ou se alguém se conformasse à Torá, o decreto real o condenava à morte. Na sua prepotência assim procediam, contra Israel, com todos aqueles que fossem descobertos, mês por mês, nas cidades. No dia vinte e cinco de cada mês ofereciam-se sacrifícios no altar levantado por sobre o altar dos holocaustos. Quanto às mulheres que haviam feito circuncidar seus filhos, eles, cumprindo o decreto, as executavam com os mesmo filhinhos pendurados a seus pescoços, e ainda com seus familiares e com aqueles que haviam operado a circuncisão. Apesar de tudo, muitos em Israel ficaram firmes e se mostraram irredutíveis em não comerem nada de impuro. Eles aceitaram antes morrer que contaminar-se com os alimentos e profanar a Aliança sagrada, como de fato morreram. Foi sobremaneira grande a ira que se abateu sobre Israel".
Entre os judeus que permanecem fiéis à Torá, está o sacerdote Matatias, chamado de Hasmoneu devido ao nome do patriarca de sua linhagem (Hasmon). Recusando-se a servir no templo profanado, Matatias se exila com sua família em sua propriedade em Modin. Matatias tem cinco filhos: João, Simão, Judas, Eleazar e Jônatas. Convocados para os sacrifícios sacrílegos, Matatias acaba matando o emissário real e um sacerdote que se propõe a oficiar os sacrifícios. Convoca então os judeus fiéis à Torá e foge com seus filhos para as montanhas, iniciando o movimento de resistência contra o domínio estrangeiro, destruindo altares, circuncidando meninos à força e recuperando a Torá das mãos dos gentios.

Judas Macabeu

Matatias morre em 166 a.C., e seu filho Judas assume a liderança da resistência. Judas desenvolve técnicas de guerrilha, que vence as contínuas tropas selêucidas enviadas. Apesar de alguns explicarem tal como "intervenção divina", Antíoco também tinha de se preocupar com outras revoltas em seu império. Em 164 a.C., Judas e seus homens conseguem tomar Jerusalém e rededicar o Templo, no que ficaria conhecida como a Festa de Chanucá.
"No dia vinte e cinco do nono mês - chamado Casleu - do ano cento e quarenta e oito, eles se levantaram de manhã cedo e ofereceram um sacrifício, segundo as prescrições da Lei, sobre o novo altar dos holocaustos que haviam construído. Exatamente no mês e no dia em que os gentios o tinham profanado, foi o altar novamente consagrado com cânticos e ao som de cítaras, harpas e címbalos (…) E Judas, com seus irmãos e toda a assembleia de Israel, estabeleceu que os dias da dedicação do altar seriam celebrados a seu tempo, cada ano, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu, com júbilo e alegria". (1 Macabeus 4:52-54,59)
Com a morte de Antíoco IV em 164 a.C., a luta de resistência prossegue contra Antíoco V (164-162 a.C.), seu filho, e o regente Lísias e, a seguir, contra Demétrio I Sóter (161-150 a.C.).

Dinastia Hasmoneia

Com a morte de Judas, a liderança da família e da revolta contra o Império Selêucida passa para o seu irmão Jônatas. Jônatas faz vários acordos e alianças com vários países, como Esparta e inclusive com a potência da época, a República Romana, para que fosse reconhecido a situação de Israel como nação livre perante o império selêucida. Jônatas prossegue com a revolta, até que no ano de 153 a.C. ganha o cargo de sumo sacerdote de Israel por decreto de Alexandre Balas, rei selêucida. Jônatas se aliara a Alexandre, na tentativa deste de usurpar o trono de Demétrio I Sóter. Quando Alexandre consegue o trono, ele recompensa Jônatas, a qual permite governar quase que com total independência a Judeia. Entretanto, o rei sucessor de Alexandre, o rei Antíoco VI, torna-se hostil aos judeus, o que provoca nova guerra, dessa vez liderada por Simão, irmão de Jônatas e atual sumo sacerdote.
Por fim, a real independência da Judeia vem no governo de João Hircano I, filho de Simão, que se tornou sumo sacerdote e foi coroado rei da Judeia. João Hircano ainda enfrentou uma nova tentativa de invasão do Império Selêucida sob o comando do rei Antíoco VII. De acordo com a lenda, o rei João Hircano I, abriu o sepulcro do Rei Davi e de lá retirou três mil talentos, que entregou a Sideta para que esse poupasse Jerusalém. Antíoco, então, atacou a Pártia, apoiado pelos judeus, e, por um curto tempo, recuperou a MesopotâmiaBabilônia e a região dos Medos, antes de cair em uma emboscada e ser morto por Fraates II de Pártia. O reino Selêucida, então, se restringiu à Síria. Com isso a independência da Judeia como um reino independente sob a dinastia Hasmoneia é assegurada.
Durante o reinado de João Hicarno I e de Alexandre Janeu, há uma expansão do reino judeu, que incorpora regiões importantes da Palestina, como MádabaSamegaSiquémAdoraMarisa e a Idumeia. Nesse processo, há uma judaização forçada das populações conquistadas. Por essa época é que surgem os três grandes partidos políticos da JudeiaFariseusSaduceus e os Essênios. As crueldades cometidas por João Hircano I contra as cidades conquistadas e as populações forçadamente judaizadas provocam a primeira reação dos Fariseus contra os governantes Macabeus. A partir deste momento João Hircano I alia-se aos saduceus e rompe com os fariseus. Durante os próximos reinados, de Alexandre Janeu (103-76 a.c) e de Aristóbulo I (104-103 a.c), os governantes Hasmoneus se apoiam nos Saduceus contra os Fariseus. Entretanto, durante o reinado da rainha Salomé Alexandra (76-66 a.c), há uma aproximação da monarca com o partido Fariseu, em detrimento dos Saduceus.

Declínio hasmoneu e subjugação romana

A relativa independência dos judeus termina com a ascensão de Aristóbulo II ao trono. Seu irmão, João Hircano II, inicia uma guerra civil que termina com a intervenção do general romano Pompeu no ano de 63 a.C., sob o pretexto de pacificar a região. Pompeu coloca Hircano II como sumo sacerdote, entretanto lhe retira o título real e transforma a Judeia em um reino cliente subordinado a um procurador romano. No ano de 37 a.C.Marco António executa Antígono e entrega o trono da Judeia a Herodes, o Grande, um príncipe idumeu filho do procurador romano, Antipater. Para se legitimar no trono, Herodes se casa com Mariana, a única filha e herdeira do sumo sacerdote Hasmoneu Antigono, filho de Aristóbulo II. Entretanto, com medo de conspirações por parte da elite judaica e dos seus filhos com Mariana, manda executar a esposa e acusa seus filhos, Alexandre e Aristóbulo IV de alta traição, que são julgados e executados em 7 a.C..

Lista de reis e governantes hasmoneus

·         Judas Macabeu - 164-160 a.C. - Lidera a sua família e os rebeldes contra o Império Selêucida.
·         Jônatas Macabeu - 160-143 a.C. - Governou como sumo sacerdote.
·         Simão Macabeu - 142-134 a.C. - Governou como sumo sacerdote.
·         João Hircano I - 134-104 a.C.
·         Aristóbulo I - 104-103 a.C.
·         Alexandre Janeu - 103-76 a.C. - Primeiro Hasmoneu a tomar o título de rei, além de sumo sacerdote.
·         Salomé Alexandra - 76-66 a.C.
·         Aristóbulo II - 66-63 a.C. - Deposto pelos romanos. Seu irmão, João Hircano II, foi feito sumo sacerdote em seu lugar.
·         João Hircano II - 63-40 a.C. - Colocado no governo como sumo sacerdote pelos romanos.
·         Antígono - 40-37 a.C. - Deposto pelos romanos, foi eleito Herodes, o Grande como rei da Judeia.

O APÓSTOLO PEDRO


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O apóstolo Pedro foi um dos primeiros discípulos escolhidos por Jesus. Pedro também é chamado na Bíblia de Cefas, Simeão e Simão. Neste estudo bíblico conheceremos mais sobre a história de Pedro, apóstolo do Senhor Jesus.
A História de Pedro
O apóstolo Pedro era natural de Betsaida, na época uma aldeia de pescadores não muito distante de Cafarnaum e que ficava na região costeira do mar da Galiléia (João 1:44). Pedro também tinha casa em Cafarnaum, na Galiléia (Marcos 1:21s). Alguns sugerem que sua residência realmente fosse em Cafarnaum, e Betsaida apenas sua aldeia de origem.
O apóstolo Pedro era irmão do apóstolo André, um pescador de profissão assim como ele. É bem provável que seu pai, Jonas, também fosse um pescador (João 1:42). O apóstolo Pedro era casado, tendo sido sua sogra curada por Jesus (Marcos 1:30). Além disso, é possível que sua esposa frequentemente o acompanhasse em viagens ministeriais na Igreja Primitiva (1 Coríntios 9:5).
Pedro possuía uma educação considerada limitada e falava o aramaico com forte sotaque da região da Galiléia (Mateus 26:73; Marcos 14:70); idioma que também utilizava para ler e escrever. No entanto, Pedro também falava um pouco de grego, muito provavelmente por conta de sua profissão que exigia constante contato com gentios. O grego era muito utilizado na época, sobretudo nas cidades de Decápolis.
Pedro, Cefas, Simão e Simeão
Como já foi dito, o apóstolo Pedro é chamado por outros nomes na narrativa bíblica. Possivelmente seu nome original era o hebraico Simeão, utilizado originalmente em alguns textos de Atos 15:14 e 2 Pedro 1:1; e talvez ele tenha adotado o grego “Simão” com pronuncia semelhante.
Quando ele se encontrou com Jesus, o Senhor o chamou de Cefas, do aramaico Kefa’, que significa “rocha” ou “pedra”, que em sua forma grega é Petros, ou seja, Pedro (João 1:42). O significado desse título se refere ao fato de que Pedro se tornaria firme como uma rocha, ao invés de uma pessoa com temperamento inconstante.
Assim, a narrativa do Novo Testamento designa o apóstolo Pedro por essa variedade de nomes. O apóstolo Paulo o chamava de Cefas (1 Coríntios 1:12; 15:5; Gálatas 2:9); o apóstolo João geralmente o chamava de Simão Pedro; e Marcos o chamou de Simão até o capítulo 3 de seu livro e depois passou a designá-lo como Pedro.
A personalidade do apóstolo Pedro
Considerando todas as referências sobre o apóstolo Pedro disponíveis não apenas nos quatro Evangelhos, mas em todo Novo Testamento, os estudiosos entendem que ele foi um típico homem do campo, uma pessoa simples, direta e também impulsiva.
Parece que ele também possuía uma aptidão natural para exercer liderança, talvez por ser caloroso, vigoroso e normalmente comunicativo. Em algumas ocasiões, sobretudo no episódio que envolveu a traição de Jesus no Getsêmani, Pedro se mostrou emotivo, sanguíneo e autoconfiante.
A escolha do apóstolo Pedro como discípulo de Jesus
O Evangelho de João relata um primeiro contato entre Jesus e Pedro, por intermédio de seu irmão, o apóstolo André (João 1:41). Esse contato ocorreu antes do início do ministério público do Senhor na Galiléia. Depois disto, Pedro e André continuaram com a pescaria durante um período de tempo, até que receberam um convite consequente de Jesus enquanto estavam pescando no mar da Galiléia (Marcos 1:16s).
Mais tarde Jesus escolheu doze homens entre aqueles que o seguiam para serem seus discípulos mais próximos. Assim, o apóstolo Pedro foi um dos primeiros discípulos a ser chamado, e também era um dos três que sempre estavam mais próximos do Senhor (Marcos 5:37; 9:2; 14:33). Nas listas que trazem a relação dos doze discípulos de Jesus, o nome do apóstolo Pedro sempre aparece primeiro (Marcos 3:16-19; Lucas 6:14-16; Mateus 10:2-4; Atos 1:13,14).
O apóstolo Pedro durante o ministério de Jesus
O apóstolo Pedro teve uma participação muito ativa e significante durante o ministério de Jesus. Como já foi dito, ele foi um dos primeiros discípulos a ser chamado, estava entre os três mais próximos de Jesus, e em muitas ocasiões agiu como porta-voz dos Doze (Mateus 15:15; 18:21; Marcos 1:36s; 8:29; 9:5; 10:28; 11:21; 14:29; Lucas 12:41).
Pedro foi o discípulo que pediu para encontrar Jesus andando sobre as águas (Mateus 14:28). Foi ele também, juntamente com Tiago e João, que estiveram com Jesus no episódio da transfiguração (Mateus 17:1-8).
O apóstolo Pedro também foi o discípulo que, precipitadamente, tentou repreender Jesus diante do anúncio de sua morte iminente no Calvário (Mateus 16:22).
Quando Jesus perguntou aos seus discípulos quem eles achavam que Ele era, o apóstolo Pedro foi o primeiro a responder confessando que Ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mateus 16:16). O próprio Jesus atribuiu a resposta de Pedro como uma revelação de Deus que foi dada a ele.
Nessa mesma ocasião Jesus pronunciou a famosa frase “tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18). Essa frase é alvo de intensos debates, deste muito tempo.
Pelo jogo de palavras que envolve o significado do nome “Pedro”, surgiram muitas interpretações. Duas delas são as mais antigas e conhecidas: alguns sugerem que a “pedra” seria o próprio Pedro; enquanto outros defendem que a “pedra” seria diretamente a verdade que foi declarada por Pedro, isto é, o Cristo, o Filho do Deus vivo.
O apóstolo Pedro ouviu diretamente de Jesus a ordem “apascenta minhas ovelhas” (João 21:17). Numa determinada ocasião, Pedro questionou Jesus sobre a situação dele e dos demais que haviam deixado tudo o que tinham para segui-lo, e ouviu do Senhor a promessa das bênçãos do reino de Deus (Marcos 10:28; Lucas 18:28).
O apóstolo Pedro também aparece de forma bastante ativa durante a narrativa dos últimos momentos do Senhor Jesus antes da crucificação. Juntamente com o apóstolo João, Pedro recebeu a incumbência de organizar a última ceia em Jerusalém (Lucas 12:8).
Inicialmente ele também se recusou a deixar que Jesus lhe lavasse os pés, mas quando foi advertido sobre a importância e a necessidade daquele ato do Senhor, ele pediu até mesmo um banho (João 13).
O apóstolo Pedro também foi o discípulo que, conforme Jesus havia dito, o negou três vezes antes que o galo cantasse duas vezes na ocasião que envolve a prisão e crucificação do Senhor. Na verdade essa sua negação contrasta diretamente com o comportamento valente e violento que ele demonstrou ao cortar a orelha de Malco, servo do sumo sacerdote, durante a prisão do Senhor. Diante do olhar de Jesus, ao lembrar-se das palavras do Mestre, Pedro se arrependeu profundamente (Mateus 26:34-75; Marcos 14:30-72; Lucas 22:34-62; João 18:27).
É possível que o apóstolo Pedro tenha testemunhado a crucificação, apesar dos Evangelhos não o mencionarem (cf. 1 Pedro 5:1). Cristo ressurreto apareceu pessoalmente ao apóstolo Pedro (Lucas 24:33,34; 1 Coríntios 15:5).

O ministério do apóstolo Pedro na Igreja Primitiva
O apóstolo Pedro foi o primeiro a pregar o Evangelho no dia de Pentecostes. Cerca de 3 mil pessoas se converteram naquela ocasião (Atos 2:14). Até o capítulo 13 do livro de Atos dos Apóstolos, Pedro aparece com bastante destaque. Durante os primeiros anos ele foi o líder da igreja em Jerusalém, mas vale lembrar que o apóstolo Tiago, por sua vez, foi quem liderou o Concílio de Jerusalém onde importantes decisões foram tomadas concernentes à participação dos gentios na Igreja (Atos 15:1-21).
Pedro foi quem fez a exposição da necessidade da escolha de outro homem para o lugar deixado por Judas e Matias foi o escolhido (Atos 1). Durante o ministério do apóstolo Pedro ocorreram grandes milagres, sendo que até mesmo os doentes eram colocados de uma forma com que, ao passar, sua sombra os cobrissem (Atos 3:1-10; 5:12-16).
Foi o apóstolo Pedro quem disse as conhecidas palavras: “Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (Atos 3:6). Dentre esses milagres também se destaca a ressurreição de Dorcas (Atos 9:36-41). Saiba mais sobre os milagres no período apostólico da Igreja Primitiva.
O apóstolo Pedro também foi quem disciplinou os perversos e mentirosos Ananias e Safira (Atos 5:1-11). Por conta do pecado que praticaram, ambos foram mortos de forma sobrenatural.
Na época da forte perseguição em Jerusalém após a morte de Estêvãoo apóstolo Pedro também estendeu sua atuação ministerial a outros lugares, como em Samaria em decorrência da grande evangelização de Filipe ali, nas cidades costeiras de Lidia, Jope e Sarona. É possível que nesse período Tiago então tenha assumido a liderança em Jerusalém.
O apóstolo Pedro também foi o responsável por anunciar as boas novas à família de Cornélio em Cesaréia (Atos 10:1-45). Na Carta aos Gálatas, o apóstolo Paulo informa que Pedro também esteve em Antioquia (Gálatas 2:11). Na verdade é nesse relato que encontramos a referência sobre o conflito entre os apóstolos Paulo e Pedro, quando Pedro agiu dissimuladamente se associando aos cristãos gentios e depois se afastando deles ao temer a pressão do “grupo da circuncisão” que aceitava os gentios na Igreja desde que estes se submetessem ao cerimonial da Lei de Moisés.
O comportamento do apóstolo Pedro acabou influenciando até mesmo Barnabé. Então Paulo o repreendeu publicamente pelo comportamento, considerado por ele, como hipocrisia. No entanto, essa situação foi completamente resolvida, e o próprio apóstolo Pedro mais tarde se referiu a Paulo como “nosso amado irmão” (2 Pedro 3:15).
Na Epístola aos Coríntios, também somos informados da divisão que havia em tal igreja. Um dos grupos divididos ali alegava seguir o apóstolo Pedro, enquanto outros diziam ser de Paulo, Apolo e Cristo. Isso indica que provavelmente em algum momento ele esteve pessoalmente visitando aquela igreja.
A morte do apóstolo Pedro e o final de seu ministério
Após 50 d.C. não temos tantas informações detalhadas sobre o apóstolo Pedro. Considerando suas duas epístolas, sabemos que ele permaneceu ativo na pregação da Palavra de Deus e no pastoreio do rebanho do Senhor até a hora de sua morte (1 Pedro 5:1,2).
Existe um grande debate se o apóstolo Pedro chegou a fixar residência em Roma ou não. O que é certo é que a igreja em Roma não foi fundada por ele; até porque seria muito improvável que Paulo escrevesse uma epístola àqueles irmãos sem mencioná-lo.
Na verdade não há qualquer base bíblica de que ele tenha sido o primeiro bispo de Roma; nem há indícios de que ele tenha sido líder da igreja na cidade por um período de tempo considerável. A tradição que afirma tal coisa é bastante questionável. Saiba mais sobre a igreja em Roma no panorama da Carta aos Romanos.
Apesar disto, é muito provável que ele tenha estado em Roma em algum momento próximo ao final de sua vida, e que tenha escrito suas duas epístolas desta cidade. Em 1 Pedro 5:13 o apóstolo escreve dizendo estar na “Babilônia”. Essa informação têm sido entendida pela maioria dos estudiosos como uma referência à cidade de Roma. A presença de Marcos na ocasião também favorece essa interpretação.
Existe uma tradição muito antiga e uniforme dentro do cristianismo de que o apóstolo Pedro tenha sido martirizado em Roma por volta de 68 d.C., assim como foi Paulo. Tertualiano (200 d.C.) defendeu tal informação, e Orígenes afirmou que Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, uma informação também presente em alguns livros apócrifos.