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quinta-feira, 19 de março de 2020

Flávio Josefo

Flávio Josefo, ou apenas Josefo (em latimFlavius Josephus37 ou 3] — ca. 100), também conhecido pelo seu nome hebraico Yosef ben Mattityahu (יוסף בן מתתיהו, "José, filho de Matias [Matias é variante de Mateus]") e, após se tornar um cidadão romano, como Tito Flávio Josefo (latimTitus Flavius Josephus), foi um historiador e apologista judaico-romano, descendente de uma linhagem de importantes sacerdotes e reis, que registrou in loco a destruição de Jerusalém, em 70 d.C., pelas tropas do imperador romano Vespasiano, comandadas por seu filho Tito, futuro imperador. As obras de Josefo fornecem um importante panorama do judaísmo no século I.
Suas duas obras mais importantes são A Guerra dos Judeus (c. 75) e Antiguidades Judaicas (c. 94). O primeiro é fonte primária para o estudo da revolta judaica contra Roma (66-70[5]), enquanto o segundo conta a história do mundo sob uma perspectiva judaica. Estas obras fornecem informações valiosas sobre a sociedade judaica da época, bem como sobre o período que viu a separação definitiva do cristianismo do judaísmo e as origens da dinastia flaviana, que reinou de 69 a 96.

Escreveu um relato da Grande Revolta Judaica, dirigida à comunidade judaica da Mesopotâmia, em língua aramaica. Escreveu, depois, em grego, outra obra de cariz histórico que abarcava o período que vai dos Macabeus até à queda de Jerusalém. Este livro, A Guerra dos Judeus, foi publicado em 79. A maior parte do livro é diretamente inspirada na sua própria vida e experiência militar e administrativa.

As Antiguidades Judaicas (escritas cerca de 94 em grego) é a história dos Judeus desde a criação do Génesis até à irrupção da guerra da década de 60. Acrescentou, no final, um apêndice autobiográfico onde defendeu a sua posição colaboracionista em relação aos invasores romanos. O seu relato, ainda que com um paralelismo evidente em relação ao Antigo Testamento, não é idêntico ao das escrituras sagradas. Há quem defenda que estas diferenças se devam à possibilidade de Josefo ter tido acesso a documentos antigos (que remontariam até à época de Neemias) que teriam sobrevivido à destruição do templo. A maior parte dos académicos não dá crédito a tal suposição. Neste livro encontra-se o famoso Testimonium Flavianum, uma das referências mais antigas a Jesus, mas considerada por alguns estudiosos uma interpolação fraudulenta posterior

Caesarea Palaestinae

Caesarea maritima (DerHexer) 2011-08-02 098.jpg

(Caesarea Maritima.) A titular see of Palestine. In Greek antiquity the city was called Pyrgos Stratonos (Straton's Tower), after a Greek adventurer or a Sidonian King; under this name it antedates, perhaps, Alexander the Great. King Herod named it Caesarea in honour of Augustus, and built there temples, palaces, a theatre, an amphitheatre, a port, and numerous monuments, with colonnades and colossal statues. The civil life of the new city began in 13 B.C., from which time Caesarea was the civil and military capital of Judaea, and as such was the official residence of the Roman procurators, e.g. Pilate and Felix. Vespasian and Titus made it a Roman colony, Colonia Prima Flavia Augusta Caesarea. Under Alexander Severus it became the civil metropolis of Palestine, and later, when Palestine had been divided into three provinces, it remained the metropolis of Palaestina Prima. St. Peter established the church there when he baptized the centurion Cornelius (Acts 10:11); St. Paul often sojourned there (ix, 30, xviii, 22, xxi, 8), and was imprisoned there for two years before being taken to Rome (xxiii, 23, xxv, 1-13). However, there is no record of any bishops of Caesarea until the second century. At the end of this century a council was held there to regulate the celebration of Easter. In the third century Origen took refuge at Caesarea, and wrote there many of his exegetic and theological works, among others the famous "Hexapla", the manuscript of which was for a long time preserved in the episcopal library of that city. Through Origen and the scholarly priest, St. Pamphilus, the theological school of Caesarea won a universal reputation. St. Gregory the Wonder-WorkerSt. Basil the Great, and others came from afar to study there. its ecclesiastical library passed for the richest in antiquity; it was there that St. Jerome performed much of his Scriptural labours. The library was probably destroyed either in 614 by the Persians, or about 637 by the Saracens. As ecclesiastical metropolis of Palaestina Prima, subject to the Patriarchate of Antioch, Caesarea had the Bishop of Jerusalem among its suffragans till 451, when Juvenalis succeeded in establishing the Patriarchate of Jerusalem. Caesarea had then thirty-two suffragen sees (Revue de l'Orient chrét., 1899, 56). Lequien (III, 533-74) mentions thirty-two Greek bishops of Caesarea, but his list is very incomplete. Among the more celebrated are Theotecnus, a disciple of Origen; the famous church historian Eusebius, a disciple of St. Pamphilus; Acacius, the leader of an Arian group; the historian Gelasius of Cyzicus; St. John the Khozibite in the sixth century; and Anastasius, a writer of the eleventh century. During the persecution of Diocletian, Caesarea had many martyrs to whom Eusebius has consecrated an entire work (De martyribus Palaestinae). Among them were St. Hadrian, whose church has just been discovered; Sts. Valens, Paul, Prophyrius, and others. Another illustrious personage of Caesarea is the sixth-century Byzantine historian Procopius. When King Baldwin I took the city in 1101, it was still very rich. There was found the famous chalice known as the Holy Grail, believed to have been used at the Last Supper, preserved now at Paris, and often mentioned in medieval poems. The city was rebuilt by the crusaders, but on a smaller scale. A list of thirty-six Latin bishops, from 1101 to 1496; is given by Lequien (III, 1285-1290) and Eubel (I, 159; II, 126). During the Frankish occupation the Latin metropolis had ten suffragen sees. The metropolitan See of Caesarea is still preserved by the Greeks of the Patriarchate of Jerusalem, as it is by the Latins merely as a titular see. The present name of the city is Kaisariyeh. Since 1884 a colony of Mussulman Bosnians has occupied the medieval city, which covers a space of about 1800 feet, north to south, and 7500 feet, east to west. The ancient walls, bastions, and ditches are well preserved. The ruins of the Roman city extend to a distance of about four miles; they are the largest in Palestine, and are used as a stone-quarry for Jaffa and Gaza, and even for Jerusalem. One sees there, crowded together, the haven of Herod, restored by the crusaders, the amphitheatre large enough to contain 20,000 spectators, remains of canals and aqueducts, a hippodrome with a splendid obelisk of rose granite, colonnades, ruins of temples and of at least two churches, and other stupendous relics of past greatness.

A revelação de Cesaréia de Filipe

Leitura: Mateus 16:13, 16-18, 21, 24, 28.
Dos 28 capítulos de Mateus, o capítulo 16 é um dos mais importantes, porque nele podemos receber a completa revelação de Cristo. Aqui encontramos quatro das maiores verdades de toda a Bíblia.
Mas antes do Senhor querer revelar a sua verdade aos seus discípulos, ele guiou-os a um determinado lugar: Cesaréia de Filipe. No entanto, não só o lugar deveria ser apropriado, como também o tempo deveria ser preciso.

O tempo preciso
Até este momento os discípulos tinham estado com o Senhor em torno de três anos; seis meses mais tarde o nosso Senhor estaria na cruz.
Eles aprenderam muitas coisas aos pés de Cristo. No entanto, no mais profundo do coração, ele tinha um segredo que queria lhes revelar. Estava esperando que eles pudessem amadurecer, que pudessem crescer e estar em condições de receber esta revelação. Ele sabia muito bem que quando eram muito jovens, eles estavam muito centrados em si mesmos.
É o mesmo que ocorre conosco. Quando somos meninos em Cristo, descobrimos que o Senhor derrama bênção após bênção. Verdadeiramente isto é maravilhoso. É uma etapa pela qual todos devemos passar. É o começo do nosso caminhar com o Senhor.
No entanto, no seu íntimo, o Senhor esperava abrir o seu coração para que os seus discípulos conhecessem o eterno propósito de Deus. Por muitos anos, ele teve este segredo guardado em seu coração. Em muitas ocasiões, quando ele estava a ponto de revelá-lo, descobria que eles ainda não estavam preparados para recebê-lo. Mas neste momento restavam só seis meses de permanência do Senhor na terra. Ele estava preparado para tomar o caminho da cruz, onde morreria por nós.
Mas antes ele queria abrir o seu coração para lhes revelar o segredo que teve guardado desde a fundação do mundo. No começo, chamou-os para que o seguissem. Mas na realidade, o propósito principal do seu chamado era que um dia os seus discípulos estivessem capacitados para compartilhar o seu segredo. Para esse momento o Senhor preparou um lugar muito importante: Cesaréia de Filipe.

O lugar preciso
E onde se encontra Cesaréia de Filipe? Se vocês conhecem geografia bíblica, saberão que na parte norte de Israel há um monte muito alto chamado Hermom. Todos podem ver este monte da terra de Canaã. Quando a Bíblia se refere a ele sempre se refere a uma vida ascendente, à vida em um plano superior. E sempre é associado com os lugares celestiais. O distrito de Cesaréia de Filipe se encontra aos pés do monte. É uma área preciosa. Ali havia muitos cervos. O Salmo 42 foi escrito aqui: “Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim clama por ti, Oh Deus, a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando virei, e me apresentarei diante de Deus?”. Esses cervos desejavam águas vivas, onde podiam achá-las? 
Esta área está muito próxima do Mar da Galiléia, para o norte. Em Isaías 9:1 lemos: “Mas não haverá sempre escuridão para a que está agora em angústia, tal como a aflição que lhe veio no tempo que levianamente tocaram a primeira vez à terra de Zabulom e à terra de Naftali; pois ao fim encherá de glória o caminho do mar, daquele lado do Jordão, na Galiléia dos gentios”.
Esta é uma profecia maravilhosa. Um dia, o Messias viria, e ele faria deste lugar –o mar da Galiléia– o centro da sua obra. “O povo que andava em trevas viu grande luz; os que moravam na terra da sombra de morte, luz resplandeceu sobre eles”. Por que diz “terra de sombra”? Porque essa era uma zona de vulcões. Toda a terra nesse lugar é de uma cor escura, e por isso absorve muito a luz solar. Por essa razão, também o trigo cresce muito rapidamente, porque recebe muita energia do sol. Por isso, quando os sacerdotes ofereciam as primícias no templo, eles tinham muito claro que os primeiros frutos vinham da terra da Galiléia. Se você olhar à distância todas as casas estão construídas com rocha escura. Quando o Senhor estava em Cafarnaum, ou no mar da Galiléia, olhando à distância via uma terra escura. É a “terra de sombra”.
Agora entendemos por que “o povo que andava em trevas viu grande luz”, e “os que moravam na sombra da morte, luz resplandeceu sobre eles”. Esta profecia em particular se cumpriu quando o Senhor veio ao mundo. A Palavra se fez carne. Por um ano e meio ele caminhou naquele lugar da terra.
Isto é o que estava por trás da passagem de Cesaréia de Filipe. Se vocês forem a essa região, irão a uma zona de vulcões, o qual fala de uma tragédia que ocorreu há muitos anos. Muitas vidas foram destruídas. No entanto, o que ficou disso foi uma boa terra. E é por isso que podiam ter as primícias ali. A melhor terra é a que está naquele lugar.
Mas mais que isso: em Cesaréia de Filipe encontramos o nascimento do rio Jordão. Todos sabem que esse rio flui do norte para o sul. Pelo lado oriental, flui do monte até o Mar da Galiléia, e depois continua avançando até o Mar Morto.
Quando chega ao mar, perto de Jericó, o rio está em sua parte mais baixa. Por causa do rio Jordão ser um rio de curvas, carrega muito sedimento. Quando você está perto do Mar Morto, já não é cristalino; torna-se escuro porque carrega muito barro.
Lembro-me que a primeira vez que fui a Jericó, cruzamos o Jordão. Fizemo-lo da mesma forma que Israel fez na antiguidade. Íamos com muitas expectativas porque esperávamos que o Jordão fosse como o rio Amazonas, largo e caudaloso. Especialmente quando estudamos a Bíblia, pensamos que o Jordão deve ser um rio maravilhoso. Mas para a nossa surpresa, quando o guia nos disse que estávamos chegando e que íamos cruzá-lo, vimos que é muito, muito estreito. Provavelmente é como um terço do rio Mapocho, que cruza a cidade de Santiago. Imaginem quão desiludidos ficamos.
Na realidade, a razão disto é muito simples. Nos tempos da Bíblia era um rio maravilhoso. Mas porque Israel se rebelou contra Deus eles caíram sob juízo, então a terra ficou desolada. Sabemos que a história de Israel está conectada com esse pedaço de terra. Então não deveríamos nos surpreender em nos desiludir com o rio Jordão. Mas se formos à fonte do rio, à zona de Cesaréia de Filipe, veremos algo muito distinto. Ali não há barro, inclusive podemos ver o fundo, e os peixes nadando em suas águas. Ali no começo, a nossa visão se torna muito clara. Tudo é tão puro. Quando seguimos o curso do Jordão para baixo, até o Mar Morto, então não encontramos nenhum tipo de vida. Tudo é escuro, barroso. Não vemos nada absolutamente.
Amados irmãos e irmãs, isto é assim também na história da igreja. No dia de Pentecostes a palavra de Deus era tão pura, tão clara, mas agora que chegamos ao século XXI, este rio correu por mais ou menos dois mil anos. Quando chegamos à parte mais baixa, tudo se torna escuro. Agora entendemos por que o Senhor levou os seus discípulos à fonte do rio, a Cesaréia de Filipe. Porque aí era onde ele queria revelar-se a si mesmo. Era algo que estava no coração de Cristo, e também no coração de seu Pai celestial.
Somente na fonte do rio se tem uma visão clara. Ali nada é opaco; tudo se vê claramente; mas se seguirmos rio abaixo, se seguirmos o caminho, inclusive o mundo cristão é confuso e pouco claro.

Quatro grandes verdades
Se nós lermos todo este capítulo veremos que o Senhor está a ponto de revelar-se a si mesmo. O que o Senhor quis revelar?
Das principais verdades da Bíblia, estas quatro são as fundamentais da vida cristã, da vida de igreja. Sem esta revelação, vamos nos dispersar. Por que hoje vemos a ruína do testemunho de Deus? Porque quando perdemos a visão somos dispersados. Somente a visão pode fazer que estejamos juntos novamente. Agora entendemos por que o Senhor tinha que levá-los a região de Cesaréia de Filipe.
Se lermos todo o capítulo, veremos que o Senhor vai entregar quatro revelações principais. Quais são? Permitam-me resumi-las: Primeiro, Cristo; segundo, a igreja; terceiro, a cruz, e quarto, o Reino. Se lermos este capítulo, encontramos que isto é algo que sempre está no coração do nosso Senhor. Se estudarmos toda a Bíblia, encontramos que toda a Bíblia aponta para estas quatro verdades principais.
Vocês sabem a respeito de Cristo? Sim; sabemos a respeito de Cristo como nosso Salvador. Mas sabem que Cristo é seu Mestre? Vocês sabem que Cristo é a Cabeça do corpo que é a igreja? Hoje em dia muitos cristãos conhecem algo a respeito de Cristo, mas viram a Cristo no Espírito? Está revelado Cristo em seu espírito? Hoje em dia as pessoas sabem algo a respeito de Cristo, mas a visão não é clara, é pouco transparente.
Nesse caso, o que acontece com a igreja? Que medida sabemos a respeito da igreja? Muitos pensam que a igreja é um edifício. Por isso costumam dizer: “Deixei meu guarda-chuva na igreja”. Mas se a igreja for o corpo de Cristo, como é possível que possamos deixar o livro ou o guarda-chuva na igreja? Agora entendem como no dia de hoje estamos na parte mais baixa do rio. Em vinte séculos muitas mãos se introduziram na palavra de Deus. Então o rio é escuro. Por isso, não devemos nos impressionar que hoje em dia, se seguirmos o curso das águas, constatarmos que não sabemos nada a respeito da igreja.
Quanto sabemos a respeito da cruz? Muitos conhecem a respeito da cruz porque carregam uma cruz de madeira como um adorno. Vocês sabem que o caminho da cruz é o caminho para a colheita. O caminho da cruz sempre nos leva para a glória. Como podemos ser transformados à glória de Cristo? Como podemos estar juntos em unidade? O segredo é a cruz. Qual a medida que temos à respeito do caminho da cruz? Estamos preparados para tomar a cruz e seguir ao nosso Mestre? Estamos preparados para nos negar completamente todo o tempo? Hoje em dia, quando falamos a respeito da cruz, também é algo muito vago. Tocamos alguns pontos, mas nunca estamos claros. O mesmo é sobre o Reino. Que tanto sabemos sobre o Reino? Quando chegamos ao século XXI, chegamos à parte mais baixa do rio Jordão.
Como podemos estar claros da vontade de Deus? Por essa razão o Senhor levou os seus discípulos à região de Cesaréia de Filipe. Irmãos e irmãs, o caminho para que possamos continuar é sempre voltar para a Bíblia, ao começo, à fonte do rio. Só na região de Cesaréia de Filipe receberemos uma revelação do nosso Deus. Sinto que isto é muito, muito importante.
Um dia alguns perguntaram ao nosso Senhor por que Moisés permitiu que houvesse cartas de divórcio. Vocês sabem o que ele lhes respondeu? Que isto era somente a vontade permissiva de Deus, mas não o eterno propósito de Deus. Qual é o eterno propósito de Deus? O Senhor disse: “Não era assim no princípio”. Os seus corações estavam endurecidos, por isso lhes permitiu fazer isso. Mas se formos filhos obedientes, não estaremos satisfeitos apenas com a vontade permissiva de Deus: devemos procurar a eterna vontade de Deus. Qual é a eterna vontade de Deus, a vontade do começo? Por isso é que o Senhor levou os seus discípulos à região de Cesaréia de Filipe.

O mistério de Deus: Cristo
Em Mateus 16 vemos que primeiro o nosso Senhor perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?”. Então Pedro respondeu. Pedro era representativo de toda a igreja. Ele fez uma grande confissão; a maior confissão em toda a história da Humanidade. Não é simplesmente a confissão de Pedro. É a confissão de vocês e a minha também. Ele disse: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”. E o que o nosso Senhor respondeu? “Bem-aventurado sois, Simão, filho de Jonas, porque não te revelou isso carne nem sangue, mas meu Pai que está nos céus”. Como é que Pedro pôde chegar a saber que Jesus era o Cristo? Não foi dado pela carne e o sangue. Segundo nosso Senhor, foi o Pai celestial quem revelou Cristo a Pedro.
O que isso significa? Que no coração de Deus havia um segredo. Esse segredo tinha estado escondido desde antes da fundação do mundo. Nosso Deus o tinha guardado por séculos. Pensem a respeito disto: Que privilégio Pedro teve! Agradou ao Pai lhe revelar a Cristo. Aqui temos a primeira revelação. Cristo está conectado ao coração de Deus. Não devemos nos impressionar que Paulo tenha dito que Cristo é o mistério de Deus. Quer dizer que Deus tinha um segredo, e que um dia ele abriu o véu e essa revelação foi dada a Pedro, e também é revelada a todos nós neste dia. Por isso o Senhor disse a Pedro: “Bem-aventurado sois!”, porque realmente é uma bênção maravilhosa. Não é simplesmente como ter um bonito automóvel ou uma casa; aqui nos diz que se nós recebermos esta revelação seremos bem-aventurados. O nosso Senhor disse a Pedro: “É meu Pai celestial quem te revelou este segredo”. Este é o começo da revelação.
Lembrem: se realmente vemos algo da Bíblia; se realmente recebermos uma revelação (a primeira revelação), somos capazes de tocar o coração de Deus. Agora nos tem aberto o seu coração, e vemos o segredo que há no coração de Deus. Este é chamado o mistério de Deus: Cristo. Mas isso é só o começo.

O mistério de Cristo: a igreja
O que diz o Senhor no versículo 18? “E eu também te digo ...”. Se o Pai revelou a seu Filho, isso é uma revelação maravilhosa, mas isso não é suficiente. O Senhor nos diz: “Não só meu Pai tem um segredo;  eu também tenho um segredo para ti. Deus te revelou este segredo a ti, agora eu vou te revelar o meu segredo a ti”. Por isso o Senhor disse: “E eu também te digo...”. Por um lado temos o segredo do Pai, o mistério do Pai. Mas a revelação do Pai é só a metade da história. Este universo tem um segredo  –Cristo–, mas graças ao Senhor, ele vai revelar a outra metade: “Sobre esta rocha eu edificarei a minha igreja”. Vêem isso? O segredo de Deus é Cristo; mas o segredo de Cristo é a igreja. Por isso é que Cristo diz: “E eu também te digo, sobre esta rocha edificarei a minha igreja”. É muito interessante.
Quando o Senhor disse esta frase, provavelmente eles estavam em um lugar alto de Cesaréia, na base do monte Hermom. Inclusive hoje em dia podemos ver que ali há uma rocha muito grande. Essa cidade foi construída rodeando essa rocha.
Quando o Senhor disse a Pedro: “Sobre esta rocha edificarei a minha igreja”, é obvio que esta rocha se refere a ele mesmo. Não há duvida a respeito disso. Mas o Senhor também utiliza uma ilustração, porque os seus olhos vêem uma rocha aos pés do monte Hermom. “vou edificar a minha igreja sobre esta rocha”. Como Cristo edifica a sua igreja? Aí descobrimos a forma em que Cristo edifica a sua igreja – é através do caminho da cruz. Por isso disse: “Sobre esta rocha”.
Os discípulos viam a corrente do Jordão, mas como podia fluir? A neve do cume se derretia e a água fluía até a base do monte. Os cervos viam a água e bramavam por ela, mas a grande rocha se convertia em um paredão que impedia o curso da água. Então como era possível que os discípulos vissem a fonte deste rio?

A Rocha ferida
Muitos anos atrás, Deus fez o mundo tremer, então o vulcão fez erupção, e essa rocha que estava ali desde há muitos anos  –segundo os geólogos, esta rocha é a mais antiga da terra de Canaã–, essa rocha se abriu, e então a água pôde passar. Aí começou o rio Jordão. Desta forma, a sede dos cervos podia ser saciada.
Amados irmãos e irmãs: Esta é a história da cruz. Vocês se lembram quando o Senhor disse: “Deus, meu, Deus meu, por que me desamparaste?”. Jesus tomou a sua posição e a minha posição. Todos os nossos pecados estavam sobre ele. Você conhece a cor do pecado? Quando o Pai celestial, o Pai santo, viu o seu Filho na cruz tomando o seu pecado e o meu pecado sobre si mesmo, a vara da ira de Deus caiu sobre o nosso Senhor Jesus. Essa vara devia cair sobre nós, porque nós somos os pecadores, não Jesus Cristo. Mas porque ele ama a ti e me ama, e porque todos os nossos pecados estavam sobre o nosso Senhor Jesus, e porque Deus é um Deus de justiça, foi por causa disso, que a vara da ira de Deus caiu sobre o nosso Senhor.
Então, Cristo, a Rocha dos séculos, nesse momento foi partida. Do lado do Senhor Jesus brotou sangue e água. Tal como Adão quando estava dormido, Deus tirou algo do seu lado, e Eva foi edificada. É a mesma história. Quando o nosso Senhor Jesus morreu por nós na cruz, a igreja foi tirada do seu lado.
Se realmente vemos a igreja, nunca poderemos separar a Cristo da cruz. Pedro disse ao Senhor: “Não o faça”. O que Pedro queria? Ele queria a Cristo, mas sem a cruz. Ele confessou a Jesus como o Cristo. A sua mentalidade era uma mentalidade judia. Cristo deveria estar na glória; mas não ir para a cruz. O que ele queria era Cristo, mas sem a cruz. Isso é impossível. O Senhor disse: “Sobre esta rocha edificarei a minha igreja”. Entendem agora? Cristo sempre está com a cruz. Sempre é através da cruz. A partir daí é que nasce a igreja, e é edificada. Não só Cristo, mas também a igreja e a cruz.

A cruz e o reino
Por essa razão, não podemos pregar somente a Cristo, ou não podemos apenas falar da igreja de Cristo. Como é que Deus vai cumprir o seu propósito? O segredo, o caminho, é a cruz. Se não houver cruz, não há colheita. Se não houver cruz, não há edificação da igreja. Hoje podemos ter uma congregação de dez mil pessoas, mas a realidade da igreja não está aí. O que é a igreja de Cristo? Não simplesmente Cristo em ti; não somente a bênção de Cristo. Não somente isso: é o trabalho da cruz. Não é somente Cristo em ti e Cristo em mim, mas também a cruz vai tocar a ti e a mim. Isso é Cristo. Alguns somente conhecem as adições, mas não conhecem as subtrações. Isto é o que hoje em dia faz a cruz. Se realmente formos zelosos pelo Senhor, se a igreja vai ser edificada desta forma, descobriremos o trabalho da cruz. Trabalhará muito profundamente em cada um de nós. Finalmente descobriremos que a igreja está sendo edificada.
Devido ao trabalho da cruz, você já não está no trono. Algumas vezes temos a tendência, quando a igreja se reúne, de nós sentarmos no trono, em vez de deixar Cristo ali. O trabalho da cruz sempre nos destrona, com um propósito: que Cristo esteja no trono. Quando vemos que Cristo está em seu trono, esse é o reino dos céus que está mencionado neste capítulo. Se realmente vivermos a vida de igreja de acordo ao propósito de Deus, todos nós, inclusive os líderes, irão ser destronados, para que somente Cristo fique no trono. Então vemos o reino de Deus.


Agora vemos a conexão destas quatro verdades: Cristo, a igreja, a cruz, e o Reino. Finalmente, o propósito de Deus vai poder levar-se a cabo. Hoje em dia devemos ser levados a fonte da sua revelação. Retornemos ao começo, à fonte do rio. Então veremos que a revelação é muito clara para nós. Não somente Cristo, mas também a igreja, a cruz e o Reino.