Powered By Blogger

domingo, 29 de março de 2020

Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo



A existência de um Deus Criador de grande poder e inteligência é uma conclusão tão óbvia do universo que nos rodeia, de maneira que o ateísmo, a descrença em Deus, é uma negação da realidade: “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis” (Romanos 1:20). No entanto, muitos dos detalhes dos atributos de Deus exigem  revelações adicionais.
Entendemos que Deus é espírito (João 4:24), existente em uma esfera diferente daquela dos seres humanos, que são carne. “Como os céus são mais altos do que a terra,” assim são os Seus caminhos e pensamentos mais altos do que os nossos. (Isaías 55:9). O nosso entendimento e percepção de Deus estão todavia, baseados nas revelações que Deus nos dá através da Sua Palavra escrita, a Bíblia (as Escrituras Sagradas).
A Bíblia revela que Deus é o Soberano do Universo, existente supremo acima de tudo. Deus é eterno, imutável em caráter, Todo-Poderoso, Onisciente e Onipresente (Deuteronômio 33:27, Isaías 57:15; Malaquias 3:6, Tiago 1:17;  42:2; Jeremias 32:17; Salmo 147:5; 1 João 3:20; 2 Crônicas 2:6; Jeremias 23:23-24).
A escritura também revela Deus como dois seres distintos divinos— Deus “Pai” e Jesus Cristo, Seu “Filho.” (A forma hebraica de Jesus Cristo é Yeshua o Messias. O título do Messias ou Cristo—que literalmente significa “Ungido”—é aquele do governante da linhagem do rei Davi, que está profetizado para servir como um representante divino chefe em restaurar a glória de Israel e reinar com justiça sobre o mundo.)
Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento contêm referências que mostram que há mais do que uma personagem na Divindade (por exemplo vejam Salmos 110:1 que também é referido em Actos 2:29-36). Novamente, o Novo Testamento identifica-Os como Deus Pai e Jesus Cristo, o Filho (1 Coríntios 8:6). O Filho também é chamado Deus (Hebreus 1:8-9).
Como Pai e Filho, o único Deus é, portanto, a única família Deus. A distinção entre estes dois Seres existindo em conjunto como Deus está implícita desde o início da Bíblia (Gênesis 1:1), onde a palavra hebraica Elohim é usada. (Elohim é o plural da palavra hebraica para Deus, Eloá.) Tem existido comunicação entre os dois desde o início, como visto no exemplo de Gênesis 1:26, onde o uso do plural no verbo Façamos e o pronome Nossa referem-se a Elohim.
O Antigo Testamento concentra-se no Deus de Israel que se descreve a Si mesmo como “EU SOU” e “O senhor, o Deus de Abraão, … de Isaque, e … de Jacô” (Êxodo 3:14-15). (Aqui Senhor é a palavra derivada do Hebreu YHWH que, como “EU SOU”, aparentemente denota a existência eterna e auto-inerente.)
Em João 8:58, Cristo referiu-se a Si próprio como “EU SOU”. Assim, este é o mesmo Deus que libertou os Israelitas do Egipto e os acompanhou no deserto e que mais tarde ficou conhecido no Novo Testamento como Jesus Cristo (1 Coríntios 10:4). A existência dAquele a quem Cristo se referia como o “Pai” não foi bem entendida por muitas pessoas antes da vinda de Cristo—embora às vezes Ele é expressamente mencionado no Antigo Testamento.
Jesus Cristo também é conhecido como o “Verbo,” que “estava com Deus” no começo e é igualmente identificado como “Deus” (João 1:1-2). Ele criou todas as coisas (versículos 3, 10; Efésios 3:9 ACF; Colossenses 1:16; Hebreus 1:1-3), e depois fez-se carne e habitou entre os seres humanos (João 1:14).
Enquanto na carne, o Verbo divino se esvaziou da glória e poder divino, e veio a ser humano na plenitude dos sentidos—capaz de ser tentado a pecar (isto é, desobedecer a Deus), mas nunca pecou (Filipenses 2:5-8, Hebreus 2:14, 17; 4:15). Como homem, Jesus disse que Seu poder milagroso não veio de Si mesmo, mas de Deus Pai (João 5:30, 14:10).
A relação entre o Verbo e o Pai está definida duma forma mais clara no Novo Testamento, onde Jesus veio em carne como o Filho de Deus, atuou como Porta-voz do Pai (João 8:28, 12:49-50, 14:10) e revelou o Pai aos Seus discípulos (Mateus 11:25-27).
O Pai “deu o Seu Filho unigênito” em sacrifício como o “Cordeiro de Deus” para o perdão dos nossos pecados. Depois disso Jesus foi exaltado pelo Pai para a glória que Eles tinham compartilhado antes que o mundo tivesse existido (João 3:16, 1:29, 17:5). (Veja o capítulo intitulado “O sacrifício de Jesus Cristo” e “A Páscoa Bíblica”, começando nas páginas 22 e 35).
O Novo Testamento enfatiza a unidade entre o “Pai” e o “Filho”, mas por outro lado manifesta uma distinção clara entre os dois em muitas escrituras (por exemplo, João 20:17; Romanos 15:6). Lemos em Efésios que Deus “tudo criou por meio de Jesus Cristo” (Efésios 3:9 ACF, enfâse adicionada).
Como Seres distintos, o Pai e o Filho têm individualmente um corpo glorioso espiritual (João 4:24, 1 Coríntios 15:45, Filipenses 3:21). Esses corpos espirituais têm uma semelhança e forma definida, pois Moisés viu a “semelhança do senhor” (Números 12:8; veja Êxodo 33:18-23). Deus como espírito não é visível aos seres humanos (Colossenses 1:15 1 Timóteo 1:17)—a não ser que se manifesta de maneira sobrenatural.
No entanto, quando Deus aparece ou mostra-se numa visão, ele tem “a semelhança de um homem” (Ezequiel 1:26), embora brilhante e radiante, sendo “o aspecto da semelhança da glória do senhor” (versículo 28; ver também Apocalipse 1:12-16). Os seres humanos foram modelados após a semelhança de Deus num nível físico (Gênesis 1:26-27; 5:1-3).
A afinidade entre o Pai e o Filho mostra o perfeito e eterno caminho de vida com amor de Deus—o qual é um fluxo de carinho para com outros. Deus é a personificação do amor (1 João 4:8, 16). O Pai tem amado sempre o seu Filho, e o Filho tem amado sempre o seu Pai (João 17:4, 20-26). A harmonia que existe entre o Pai e o Filho é uma singularidade mental e de propósito, tendo Jesus Cristo orado ao Pai que criasse essa mesma harmonia entre os Seus discípulos, Ele próprio e o Pai (versículos 20-23).
A palavra “Deus”, como usada na Bíblia, pode referir-se tanto ao Pai (por exemplo, Actos 13:33; Gálatas 4:6), como a Jesus Cristo, o Filho (por exemplo, Isaías 9:6; João 1:1, 14) ou a ambos (por exemplo, Romanos 8:9), dependendo do contexto nas escrituras.
O poder que procede de Deus é chamado, o Espírito de Deus ou o Espírito Santo (Isaías 11:2; Lucas 1:35; Actos 1:8;10:38; 2 Coríntios 1:22; 2 Timóteo 1:7). É por meio desse Espírito que Deus está presente em toda a parte ao mesmo tempo (Salmos 139:7-10).
O Espírito Santo de Deus não é identificado como uma terceira pessoa numa trindade, mas é consistentemente descrito nas Escrituras como sendo o poder de Deus, a mente de Deus e a própria essência e força da vida de Deus através da qual o Pai gera seres humanos como Seus filhos espirituais. O Espírito Santo é dado ao ser humano depois do arrependimento e do batismo (Actos 2:38).
O Espírito é também “a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus” (Efésios 1:14, NVI) na ressurreição dos justos para a vida eterna ao retorno de Jesus Cristo (1 Tessalonicenses 4:16). Esse Espírito faz aqueles que o recebem “filhos de Deus” na família de Deus, co-participando da natureza divina (Romanos 8:16; 2 Pedro 1:4).
Os seres humanos também são chamados elohim ou “deuses” nas Escrituras, em referência à finalidade da nossa criação (Salmos 82:6, João 10:34-36). Deus está envolvido no processo de expansão da família divina para além do Pai e do Filho. Efésios 3:14-15 se refere ao “Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome.”
Jesus Cristo também é chamado o “primogénito entre muitos irmãos” (Romanos 8:29). Os seres humanos têm o grande potencial e a oportunidade de entrar na família de Deus e serem transformados para o mesmo tipo de seres que o Pai e Cristo são (Romanos 8:14,19; João 1:12; 1 João 3:1-2). (Leia os capítulos intitulados “A Humanidade” e “O Propósito de Deus para a Humanidade”, começando nas páginas 13 e 53).
Deus quer que O conheçamos para que possamos confiar n’Ele e amá-lO. Ele tem-nos mostrado muito mais acerca de Si mesmo, através dos Seus nomes, títulos e descrições que revelou àqueles com quem tem trabalhado através dos tempos.
Estes nomes revelam que Deus tem uma inteligência, poder, glória e sabedoria supremas (Gênesis 14:19, 22; 16:13; Salmos 29:3; 47:2; Isaías 55:8-9; 1 Timóteo 1:17; Judas 25); que personifica toda a justiça, perfeição e verdade (Deuteronómio 32:4; 2 Coríntios 13:11); que possui o céu e a terra (Gênesis 14:19, 22; Atos 17:24); que é imortal (Gênesis 21:33 1 Timóteo 1:17); e que é digno de todas os elogios (Salmos 18:3; Apocalipse 4:11).
Deus é o nosso provedor (Gênesis 22:14; 1 Timóteo 6:13, 17; Tiago 1:5, 17), curador (Êxodo 15:26), escudo (Gênesis 15:1; Salmos 59:11), defesa (Salmos 25:4-5, 9; Isaías 48:17), conselheiro (Isaías 28:29), professor (Salmos 25:4-5, 9; Isaías 48:17), legislador (Isaías 33:22; Tiago 4:12), juiz (Gênesis 18:25; Salmos 50:6), força (Salmos 18:2; 28:7; 59:17) e a nossa salvação (Salmos 27:1, 9; 68:20).
Ele é fiel, misericordioso, generoso, paciente, bondoso, justo e magnânimo (Êxodo 34:5-7; Deuteronómio 7:9). Deus ouve as nossas orações (Salmos 6:9; 34:17; 65:2), faz uma aliança conosco (Deuteronómio 29:12; Daniel 9:4), é um refúgio nas horas difíceis Salmos 9:9), dá-nos conhecimentos (Salmos 94:10) e deseja dar-nos a imortalidade para que possamos compartilhar a vida eterna com Ele na Sua família e Seu Reino (João 3:16; Lucas 12:32).
Jesus Cristo, para além de ser Deus Filho e nosso Irmão mais velho da família de Deus, é também a Cabeça vivente da Igreja de Deus em serviço ativo (Efésios 5:23; Colossenses 1:18), seu Chefe Apóstolo (Hebreus 3:1)  e seu Sumo Pastor (1 Pedro 5:4). Ele vive nos crentes Cristãos arrependidos através do Espírito Santo como nosso Salvador pessoal (compare Gálatas 2:20; João 14:23; 1 João 3:24). Ele está sentado à direita de Deus Pai no céu como nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 3:1; 4:14-15; 6:20), Intercessor (Romanos 8:34) e Advogado (1 João 2:1). E esperamos o seu retorno como Rei dos reis e Senhor dos senhores para governar sobre todas as nações e servir como Juiz Supremo sob o Pai (Apocalipse 11:15; 17:14; 19:15-16; João 5:22, 27; 2 Coríntios 5:10). (Veja o capítulo intitulado “O Retorno de Jesus Cristo e o Vindouro Reinado”, a partir da página 69).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

BOM DIA
A PAZ DE CRISTO E AMOR DE MARIA.
VINDE E VEDE