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segunda-feira, 24 de agosto de 2020

S. Mónica

 Santa Mónica nasceu em Tagaste, na atual Argélia, no ano 331 ou 332, no seio de uma família cristã e com boas condições sociais. Ainda adolescente, foi dada em casamento a Patrício, que possuía um modesto património e era membro do conselho municipal de Tagaste. Mónica é uma mulher africana, mãe de um dos maiores Padres da Igreja, S. Agostinho. «Era mulher no aspecto, mas viril na fé, anciã na pacatez, materna no amor, verdadeira cristã» - escreve Agostinho (Conf. IX, 4,8). Ganhou para Cristo o marido e o filho. Esteve presente no batismo de Agostinho, em Milão, e acompanhou de perto a sua primeira experiência monástica em Casissíaco. Quando voltava para África, com o filho e os amigos, morreu em Óstia Tiberina, perto de Roma, antes de 13 de Novembro de 387.


Evangelho: Lucas 7, 11-17

Naquele tempo, dirigia-se Jesus para uma cidade chamada Naim, indo com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. 12Quando estavam perto da porta da cidade, viram que levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; e, a acompanhá‑la, vinha muita gente da cidade. 13Vendo‑a, o Senhor compadeceu­-se dela e disse‑lhe: «Não chores.» 14Aproximan­do-se, tocou no caixão, e os que o transportavam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta‑te!» 15O morto sentou‑se e começou a falar. E Jesus entregou‑o à sua mãe. 16O temor apoderou‑se de todos, e davam glória a Deus, dizendo: «Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!» 17E a fama deste milagre espalhou‑se pela Judeia e por toda a região.

O centro desta narrativa de Lucas é o encontro de Jesus com aquela mulher, uma viúva, só, sem amor, mãe de um filho, a que deu a vida, mas que agora não pode arrancar da morte. Temos aqui alguns paralelismos com a paixão e ressurreição de Jesus: o encontro, que acontece «perto da porta da cidade» de Naim, portanto, fora dela, e a sua crucifixão fora das portas de Jerusalém; o «caixão» e o seu «sepulcro»; o «levantar-se, ressuscitar» do jovem e a Sua ressurreição (de Jesus). Lucas revela aqui a identidade de Jesus: o Ressuscitado, o Vencedor da morte é também o Senhor de misericórdia. Ele assume em si os sentimentos maternos daquela mulher: todo o seu espírito se envolve numa co-moção profunda, visceral, como acontece com as «vísceras maternas», que se abrem para acolher uma nova criatura no acto de dar lugar, de con-sentir (alegria e dor), com alguém que está nelas (cfr. Lc 15, 20). Jesus dá à mulher uma ordem paradoxal: «não chores!» É uma palavra que leva em si a força e a ternura de uma promessa - «Ele enxugará todas as lágrimas dos seus olhos; e não haverá mais morte, nem luto, nem pranto, nem dor. Porque as primeiras coisas passaram.» (Ap 21, 4) - uma promessa de felicidade, que vai para além da morte. Aqui encontramos todo o sentido da incarnação, sinteticamente expresso no gesto de Jesus que «toca» o caixão e pronuncia, ali onde o homem se encontra no fim, a Palavra que o faz recomeçar: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta‑te!»
No contacto com Jesus e com a sua palavra, o filho morto é novamente dado à vida. Da escuridão do sem sentido e do isolamento, é restituído à relação vital com os outros e com o mundo. Adquire novamente a capacidade de falar e de comunicar. E Jesus, com um gesto de grande delicadeza, «entregou‑o à sua mãe».

XXI Semana - Quarta-feira - Tempo Comum 26 de agosto 2020

 Evangelho: Mateus 23, 27-32

«Naquele tempo, disse Jesus: 27Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados: formosos por fora, mas, por dentro, cheios de ossos de mortos e de toda a espécie de imundície! 28Assim também vós: por fora pareceis justos aos olhos dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade. 29Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, que edificais sepulcros aos profetas e adornais os túmulos dos justos, 30dizendo: 'Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas!' 31Deste modo, confessais que sois filhos dos que assassinaram os profetas. 32Acabai, então, de encher a medida dos vossos pais!

Chegamos aos últimos dos sete «Ai de vós» dirigidos aos escribas e fariseus hipócritas. A crítica de Jesus ao legalismo não tem por alvo a lei, mas aqueles que, a coberto da lei, pretendem iludir as suas exigências profundas. A antítese exterior/interior, tratada nos versículos anteriores, está eloquentemente expressa na imagem dos «sepulcros caiados» (v. 27). São aqueles que cuidam do exterior, para que seja agradável à vista, enquanto no seu interior reina a decomposição e a morte. Jesus já pôs de sobreaviso os discípulos, quando lhes mandou disse «Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por ele» (Mt 6, 1). O que conta é aquilo que cada um é diante de Deus, e não o que aparece diante dos outros.
O último «ai de vós» é contra aqueles que são falsos, não só diante de Deus e dos outros, mas também diante da história (vv. 29-32). Edificam sepulcros aos profetas e justos, dizendo que, se tivessem vivido no tempo dos que os mataram, não teriam sido coniventes com tais crimes. Sentem-se inocentes por acusarem os seus pais! Mas não se dão conta de que, se não escutarem os profetas, continuam a matá-los. E a sua falta será mais grave do que a dos seus pais.

XXI Semana - Terça-feira - Tempo Comum - Anos Pares

 Primeira leitura: 2 Tessalonicenses 2, 1-3a.14-17

Acerca da vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo e da nossa reunião junto dele, pedimo-vos, irmãos, 2que não percais tão depressa a presença de espírito, nem vos aterrorizeis com uma revelação profética, uma palavra ou uma carta atribuída a nós, como se o Dia do Senhor estivesse iminente. 3Ninguém, de modo algum, vos engane. 14A isto Ele vos chamou por meio do nosso Evangelho: à posse da glória de Nosso Senhor Jesus Cristo.
15Portanto, irmãos, estai firmes e conservai as tradições nas quais fostes instruídos por nós, por palavra ou por carta. 16O próprio Senhor Nosso Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu, pela sua graça, uma consolação eterna e uma boa esperança, 17consolem os vossos corações e os confirmem em toda a obra e palavra boa.

A comunidade de Tessalónica andava muito preocupada com a questão da iminente parusia de Cristo. Paulo vai directo à questão. Começa por rebater ideias erradas, espalhadas por falsos profetas, para acalmar o entusiasmo sonhador e a agitação da comunidade. Quando será Dia do Senhor? Nem Paulo o sabe ao certo. Como qualquer cristão, está à espera. Por isso, escreve: «não percais tão depressa a presença de espírito, nem vos aterrorizeis com uma revelação profética, uma palavra ou uma carta atribuída a nós, como se o Dia do Senhor estivesse iminente» (v. 2). A questão da data nem é importante. Há que não cair no ridículo de a querer marcar, porque «o dia do Senhor chega de noite como um ladrão» (1 Ts 5, 2). O importante é ter em conta os fundamentos da vocação cristã: a eleição, a salvação, a santificação do Espírito, a chamada por meio do Evangelho, a esperança da glória. Por graça de Deus, os cristãos já estão inseridos neste projecto que se está a realizar na história e que atingirá a plenitude no fim. Há, pois, que permanecer firmes nas tradições, que guardam a memória viva de Jesus testemunhada pelos primeiros apóstolos, que, enquanto tais, são garantia de verdade.

Evangelho: Mateus 23, 23-26

Naquele tempo, disse Jesus 23Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho e desprezais o mais importante da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade! Devíeis praticar estas coisas, sem deixar aquelas. 24Guias cegos, que filtrais um mosquito e engolis um camelo! 25Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, quando por dentro estão cheios de rapina e de iniquidade! 26Fariseu cego! Limpa antes o interior do copo, para que o exterior também fique limpo.

A religião é uma questão de interioridade, de coração, na relação com Deus e com o próximo. Se assim não for, converte-se em algo de acrescentado e sobreposto ao homem, algo que esmaga e asfixia, que escraviza. Por isso, Jesus pronuncia mais dois «Ai de vós» contra o legalismo exterior dos doutores da lei e dos fariseus e escribas, que os leva a desprezar o essencial da lei: «a justiça, a misericórdia e a fidelidade!» (v. 23). Também estes são «guias cegos», que se perdem em formalidades: «filtrais um mosquito e engolis um camelo!» (v. 24) - diz Jesus, esquecendo que, o mais importante, é ter o «coração puro»: «limpais o exterior do copo e do prato, quando por dentro estão cheios de rapina e de iniquidade!» (v. 25). Só a pureza do coração permite ver a Deus (cf. Mt 5, 8).

S. Bartolomeu, Apóstolo

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S. Bartolomeu é um dos Doze escolhidos por Jesus (cf. Mt 1, 11ss.; Lc 6, 12) para andarem com Ele, serem dotados dos seus poderes e enviados em missão. Identificado com Natanael, amigo de Filipe (cf. Jo 1, 43-51; 22, 2), era natural de Caná. Pouco sabemos sobre Bartolomeu e sobre a sua missão. De acordo com Jo 1, 43ss., era um homem simples e reto, aberto à esperança de Israel. Diversas tradições colocam-no em diferentes regiões do mundo, o que pode indicar um raio de ação muito vasto. Segundo uma dessas tradições, foi esfolado vivo na Pérsia, coroando a sua laboriosa vida missionária com a glória do martírio.

Primeira leitura: Apocalipse 21, 9b-14

O Anjo falou-me dizendo: Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro.» 10E transportou-me, em espírito, a uma grande e alta montanha e mostrou-me a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus. 11Tinha o resplendor da glória de Deus: brilhava como pedra preciosa, como pedra de jaspe cristalino; 12tinha uma grande e alta muralha com doze portas; nas portas havia doze anjos e em cada uma estava gravado o nome de uma das doze tribos de Israel: 13ao oriente havia três portas, ao norte três portas, ao sul três portas e ao ocidente três portas. 14A muralha da cidade tinha doze alicerces, nos quais estavam gravados doze nomes, os nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro.

A Igreja, no Apocalipse, é a cidade santa, que recolhe as doze tribos de Israel, isto é, o novo Israel de Deus. Os seus muros apoiam-se sobre doze colunas, que são os doze apóstolos. No nosso texto, a Igreja é também chamada "noiva", "a noiva, a esposa do Cordeiro" (v. 9), para evidenciar o vínculo de amor com que Deus Se ligou à humanidade, e Cristo se uniu à Igreja. Cada um dos apóstolos participa e testemunha este amor no seu ministério e, finalmente, no martírio. Por isso, os Doze são também chamados "Apóstolos do Cordeiro" (v. 14). De fato, não só exercem o ministério que Jesus hes confiou, mas também, e principalmente, participam no seu mistério pascal, bebendo com Ele o cálice (cf. Mt 20, 22).

Evangelho: João 1, 45-51

Naquele tempo, Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: «Encontrámos aquele sobre quem escreveram Moisés, na Lei, e os Profetas: Jesus, filho de José de Nazaré.» 46Então disse-lhe Natanael: «De Nazaré pode vir alguma coisa boa?» Filipe respondeu-lhe: «Vem e verás!»47Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse dele: «Aí vem um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento.» 48Disse-lhe Natanael: «Donde me conheces?» Respondeu-lhe Jesus: «Antes de Filipe te chamar, Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira!» 49Respondeu Natanael: «Rabi, Tu és o Filho de Deus! Tu és o Rei de Israel!»50Retorquiu-lhe Jesus: «Tu crês por Eu te ter dito: 'Vi-te debaixo da figueira'? Hás-de ver coisas maiores do que estas!» 51E acrescentou: «Em verdade, em verdade vos digo: vereis o Céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo por meio do Filho do Homem.»

Jesus dirige a Natanael um elogio que o deixa surpreendido: "Aí vem um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento." (v. 47). Com efeito, as palavras de Jesus incluíam a verificação que nos deixa entrever um pouco mais o espírito de Natanael: o seu amor pela verdade. O apóstolo era um homem que procurava a verdade. A sua inteligência abre-se ao mistério que se revela. É o que também se verificará quando da primeira aparição de Jesus ressuscitado. Da procura passa à fé. Por isso, este apóstolo é um ícone do verdadeiro crente que, iluminado pela Palavra, agudiza a sua capacidade visiva interior e que, pela fé, reconhece em Jesus o Salvador esperado.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

SEBAB KAU KORONA

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HADIRMU DIDUNIA
KERESAHAN BAGI MANUSIA
KAU MAKHLUK TANPA RUPA 
LAKSANA ANGIN SENJA

KAU LAHIR DI CHINA
DAN BESAR DI MANA-MANA
MIGRAR KE SEGALA JAGAT
DAN MENYEBAR KEPADA SIAPA SAJA

HADIRMU TERTULIS SEJAK LAMA
 KAU ADA  DAN TETAP ADA
SELAMA-LAMANYA
 TAK HANYA VIRAL DI MEDIA SODIAL

RIBUAN NYAWA KAU SEMAIKAN
KEPADA TANAH KEABADIAN
DAN KAU DITUDUH PEMBUNUH
PENYAMBUT NYAWA

ANAK MANUSIA TAKUT SEDEMIKIAN RUPA
SEBAB LUPA AKAN PENCIPTA
YANG EMPUNYA 
KEHIDUPAN

SEBAB KAU,, BANYAK LARANGAN
SEBAB KAU..BANYAK ANJURAN
SEBAB KAU,,DUNIA BINGUN
SEBAB KAU..MISKIN ILMU

BAHKAN LUPA...
SEBAB KAU...BANYAK HUKMAH
SEBAB KAU...SEMUA BETAH DIRUMAH
SEBAB KAU..RAJIN BERIBADAH
DAN SEBAB KAU..INGAT KEMBALI TUHAN

KINI...
SEBAB KAU...ORANG SADAR
SEBAB KAU...BANYAK PERUBAHAN
SEBAB  KAU,,ADA HIKMAH
DAN SEBAB KAU,,,TUHAN URUTAN PERTAMA.


SÃO PAULO 2020

BATAL DUA (PUISI COVID 19)


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BATAL LAGI KE KAMPUS TAHUN INI
DI RUMAH SAJA, MENOREH ILMU
TAK SEBIASANYA MENJADI MAHASISWA
MENDENGAR DAN MEMANDANG DOSEN BERVIRTUAL


BATAL LAGI PENGETAHUAN
MISKIN SUDAH CAWAN KEBIJAKSAAN
KOSONG BUKU, KOSONG KATA
TAK SEMESTINYA-BERBAGI KONSEP

BATAL LAGI BERPIKIR
TENTANG TUHAN
DAN KEMANUSIAANNYA 
SERTA WAJAHNYA 

BATAL LAGI MENULIS NAMUKU 
DI KERTAS AWAL 
NOVEL, TULISAN KIKERGARD
DIMASA SEBELUM BERPIKIR

BATAL LAGI PULANG DARI KAMPUS
MELIHAT GADIS DI TENGAH MALAM KOTA
MEMANDANG GEDUNG2 SEJARAH
DAN SINGGAH DI BAR BERSAMANYA

BATAL LAGI BERTEMU DIA JAM 10
SEPERTI BIASANYA
DUDUK SALING MEMANDANG
DAN MEMBACA HISTORI BARU

BATAL LAGI BERPELUKAN 
FOTO BERSAMA DAN CIUM PERPISAHAN
DAN MEMANDANGNYA SAMPAI 
MELEWATI PINGGIR KATEDRAL


SÃO PAULO 2020

MR. CORONAVIRUS

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MR. CORONAVIRUS
SERAM DAN KEJAM
DATANG TANPA DI UNDANG


DIA MENJADIKAN DUNIA 
TAK BERBISA BASI
HENING-MEMANDANG KEMATIAN

MR. CORONAVIRUS
CERDIK MENJARING INGIN
DATANG KEMARI SEPERTI ANGIN

DIA MENAKUTKAN SEMUA
YANG BERIMAN DAN TAK BERIMAN
PULANG KEPADA RAHIM

MR. CORONAVIRUS
SADIS MEMANCING ADIL
DATANG MENEBAR SEMESTA BERBDESA

DIA MEMANGGIL KEMBALI
SEMUA KEPADA SESAMA
MANJAMU MEJA BARU

MEJA PERJAMUAN AKAN KEADILAN DAN KEJUJURAN
MEJA SUKACITA KELUARGA BARU
MEJA PERDAMAIAN
MEJA KEHARMONISAN
MEJA KEKUDUSAN
MEJA KEMANUSIAAN
MEJA KEBAIKAN BERSAMA





BATAL SATU (COVID 19)

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MENJELANG KEHADIRAN MU
MR. CORONAVIRUS
SEMUANYA MENJADI BERUBAH
 
KE SEKOLAH 
BATAL
KE GEREJA
BATAL
KE PASAR
BATAL
KE PANTAI 
BATAL
KE MALL
BATAL
SEMUANYA 
BATAL


quarta-feira, 22 de julho de 2020

AMAR-MENCINTAI


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Mencintai yang lain
adalah keselamatan pribadi yang unik
saya kenal
Tak Ada atu pun yang akan mati jika memberikan cinta
dan terkadang menerima kembali dengan cinta
Memberi diri untuk mencinta adalah tugas
untuk hidup, pada hidup.
Mencintai adalah obat kematian. 
cinta bisa mengalahkan kematian
mencintai adalah sebelum kelak
selagi masih ada
ketika merasa bersama
waktu sekarang

MENCINTAI ADALAH TUGAS
KELUAR DARI DIRI KEPADA YANG LAIN

segunda-feira, 20 de julho de 2020

A PAROUSIA NOS EVANGELHOS

A PAROUSIA NOS EVANGELHOS

O ensinamento de Nosso Senhor sobre a Parousia nos Evangelhos sinópticos
Previsão da ira que vem naquela geração 
Alusões adicionais à ira 
O destino iminente da nação judaica 
O fim do mundo ou o fim da dispensação judaica?
A vinda do Filho do Homem (a Parousia) durante a vida dos apóstolos 
A Parousia deve ter lugar durante a vida dos discípulos 
A vinda do Filho do Homem, segura e pronta 
A recompensa dos discípulos na era vindoura, ou seja na Parousia


O ENSINAMENTO DE NOSSO SENHOR SOBRE A 
PAROUSIA NOS EVANGELHOS SINÓPTICOS

Como conseqüência de ter sido preso por Herodes Antipas, o fim do ministério de João Batista marca uma nova orientação no ministério de nosso Senhor. Na verdade, antes desse tempo, ele ensinava as pessoas, realizava milagres, ganhava adeptos e ganhava grande popularidade; Mas, depois desse evento, que pode ser considerado como uma indicação do fracasso da missão de João, nosso Senhor recuou para a Galileia e entrou em uma nova fase de seu ministério público. Somos informados de que "desde então, Jesus começou a pregar e a dizer: Arrependa-se, porque o reino dos céus está próximo" (Mateus 4:17). Estes são os termos precisos com os quais a pregação de João Batista é descrita (Mateus 3:2). Tanto nosso Senhor quanto seu precursor chamaram "a nação ao arrependimento", e anunciaram a aproximação do "reino dos céus". Segue-se que, com a frase "o reino dos céus se aproximou", João não poderia simplesmente significar que o Messias estava prestes a aparecer, porque, quando Cristo realmente apareceu, ele fez o mesmo anúncio: "O reino dos céus está próximo". Da mesma forma, quando os doze discípulos foram enviados em sua primeira missão de evangelização, eles foram mandados a pregar, não que o reino dos céus tivesse chegado, mas se aproximou (Mateus 10:7). Que o reino teocrático não veio no tempo de nosso Senhor, nem no dia de Pentecostes, é evidente pelo fato de que, em seu discurso profético no Monte das Oliveiras, nosso Senhor deu a seus discípulos certos sinais por meio de que poderia saber que o reino dos céus estava próximo (Lucas 21:31).

Portanto, chegamos a certas conclusões claramente dedutíveis dos ensinamentos de nosso Senhor:

1- Que Ele proclamou que uma grande crise, ou consumação, chamada "o reino dos céus", se aproximou.

2- Que esta consumação, embora próxima, não ocorreria durante o curso de sua vida, nem por alguns anos após sua morte.

3- Que seus discípulos, ou pelo menos alguns deles, poderiam esperar testemunhar a chegada dessa consumação.

Mas todo o assunto do "reino dos céus" deve ser reservado para uma discussão mais completa em um período futuro.

PREVISÃO DA IRA QUE VEM NAQUELA GERAÇÃO

Há outro ponto de semelhança entre a pregação de nosso Senhor e a de João Batista. Ambos deram os indícios mais claros da proximidade próxima de um tempo de julgamento que devia cair sobre a geração existente, por causa da rejeição das admoestações e dos convites da misericórdia divina. Assim como João Batista falou da "ira vindoura", também nosso Senhor, com igual clareza, advertiu o povo do "julgamento vindouro". Jesus repreendeu "as cidades em que ele realizou muitos dos seus milagres, porque não se arrependeram", e ele previu que seria um maior infortúnio do que o que havia caído sobre Tiro e Sidom, Sodoma e Gomorra. (Mateus 11:20-24). Que tudo isso aponta para uma catástrofe que não era remota, mas perto, leia Mateus 12:38-46 (compare Lucas 11:16, 24-36): 

Então alguns dos escribas e dos fariseus tomaram a palavra, dizendo: Mestre, quiséramos ver da tua parte algum sinal.
Mas ele lhes respondeu, e disse: Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe dará outro sinal senão o sinal do profeta Jonas;
Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.
Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração, e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é maior do que Jonas.
A rainha do sul se levantará no dia do juízo com esta geração, e a condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis que está aqui quem é maior do que Salomão.
E, quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra.
Então diz: Voltarei para a minha casa, de onde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada.
Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração má.
E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe.
Mateus 12:38-46

Esta passagem é de grande importância para estabelecer o verdadeiro significado da frase "esta geração" [genea]. Neste lugar, ele só pode se referir aos povos de Israel que viveram - a geração então atual. Nosso Senhor costumava se referir aos seus contemporâneos quanto a esta geração:

"Mas, a que devo comparar esta geração?" - isto é, os homens daquele dia que não ouviriam nem o seu precursor nem a si mesmo (Mt 11:16, Lc 7:31). Mesmo comentaristas como Stier, que detém a interpretação de "genea" como uma raça ou linhagem em outras passagens, admite que a referência nessas palavras é "para a geração que estava viva naquele momento e naquele momento, o que era o mais importante." (1) Assim, na passagem diante de nós, não pode haver controvérsias quanto à aplicação das palavras exclusivamente à geração que existia então, os contemporâneos de Cristo. Nosso Senhor aqui testemunha a iniquidade exacerbada (Agravar-se; tornar-se mais intenso ou forte) e enorme desse período. Jesus acabou de dirigir-se a essa geração com as mesmas palavras de João Batista: "Geração de víboras!". (Mt 12:34) É declarado que sua culpa excede a dos pagãos; Aquela geração é comparada a um endemoninhado, de quem o espírito imundo partiu por um tempo, mas retornou com maior força do que antes, acompanhado por outros sete espíritos pior do que ele, de modo que "o último estado desse homem vem a ser pior do que o primeiro". 

Temos no testemunho de Josefo uma confirmação impressionante da descrição de nosso Senhor sobre a condição moral dessa geração. "Como seria impossível relacionar suas enormidades em detalhes, direi brevemente que nenhuma outra cidade já sofreu calamidades semelhantes, e que nunca houve uma geração que fosse mais prolífica no crime". Confessaram que eram escravos - e eram - a escória da sociedade , as monstruosidades falsas e contaminadas da nação". (2) E aqui não posso conter-me, e devo expressar o que meus sentimentos me dizem, sou de opinião que, se os romanos tivessem adiado a punição desses miseráveis, ou a Terra se abriu e a cidade havia engolido ou teria sido varrido por uma inundação ou compartilhado o destino de Sodoma, porque produziu uma raça muito mais selvagem do que aqueles que foram visitados, porque, através da loucura desesperada desses homens, toda a nação viu envolvido na ruína deles. (3) De alguma forma, esse período tornou-se tão prolífico na iniquidade de todos os tipos entre os judeus, que nenhum trabalho maligno foi deixado sem permissão ... tão universal foi o contágio, tanto em público como em particular, e essa emulação para superar uns aos outros em atos de impiedade para com Deus e injustiça para com seus vizinhos". (4)

Tal era a terrível condição  em que a nação se apressou quando nosso Senhor pronunciou essas palavras proféticas. O clímax ainda não chegou, mas já estava totalmente à vista. O espírito imundo ainda não voltou para sua casa, mas ele estava a caminho. Como Stier observa: "No período entre a ascensão de Cristo e a destruição de Jerusalém, especialmente no final disso, poderíamos dizer que esta nação parece possuída por sete mil demônios". (5) Não é este um cumprimento adequado e completo da previsão do Salvador? Temos a menor justificativa, ou a menor necessidade, dizendo que isso significa algo mais do que isso? Que razão existe para assumir um cumprimento adicional e futuro de suas palavras? Não é um desacredito total da profecia de Jesus buscando algo mais do que o significado óbvio que aponta tão claramente para uma catástrofe iminente que estava prestes a ocorrer nessa geração? Certamente, mostramos a maior reverência pela palavra de Deus quando aceitamos implicitamente seus ensinamentos óbvios e rejeitamos as especulações injustificadas e meramente humanas que os críticos e os teólogos extraíram de sua própria fantasia. Concluímos, então, que, na escandalosa devassidão da época, e as notáveis ​​calamidades que, antes de terminar destruindo o povoado judeu, temos o testemunho histórico do preenchimento completo da profecia.


ALUSÕES ADICIONAIS À IRA

Lucas 13:1-9: "E, Naquele mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.
E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas?
Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém?
Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando;
E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente?
E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque;
E, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar."

Quão vividamente nosso Senhor percebeu as iminentes calamidades da nação, e quão claras e distintas eram suas advertências, pode-se inferir desta passagem. O assassinato de alguns galileus que subiram a Jerusalém para a festa da Páscoa, seja por ordem ou com a conspiração do governador romano, e a súbita destruição de dezoito pessoas pela queda da torre perto do grupo de Siloé foram incidentes que formaram os temas de conversa das pessoas naquela época. Nosso Senhor declara que as vítimas dessas calamidades não eram excepcionalmente impacientes, mas que um destino semelhante alcançaria as mesmas pessoas que agora falavam delas, a não ser que se arrependessem.  O ponto de sua observação, muitas vezes negligenciado, reside na semelhança da ameaça de destruição. Ele não disse: "todos vocês irão perecer também", mas "todos vocês vão perecer da mesma maneira"; Que nosso Senhor tinha em vista a ruína que estava prestes a chegar a Jerusalém e a nação dificilmente pode ser duvidado. A analogia entre os casos é real e impressionante". Foi na festa da Páscoa que a população da Judeia se reuniu em Jerusalém, e ali foi preso pelas legiões de Tito, Josefo nos diz como, na última agonia do cerco, o sangue dos sacerdotes que oficiaram foi derramado ao pé do altar sacrificial. Os soldados romanos eram os executores do julgamento divino; e quando o templo e a torre caíram no chão, eles enterraram em suas ruínas muitas vítimas de impenitência e incredulidade. É gratificante descobrir que Alford e Stier reconhecem a alusão histórica nesta passagem. O primeiro observa a força perdido na versão de nossas Bíblias "da mesma forma", [semelhante], que deveria ser traduzido "da mesma forma" [da mesma maneira], assim como o povo judeu pereceu pela espada dos romanos".(6)


O DESTINO IMINENTE DA NAÇÃO JUDAICA

Parábola da figueira estéril

Lucas 13:6-9: "E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando;
E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente?
E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque;
E, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar."

O mesmo significado profético é revelado nesta parábola, que é quase a contrapartida da que aparece em Isaías 5, tanto na forma como no sentido. A verdadeira interpretação é tão óbvia que dificilmente é necessária qualquer explicação. Sua aplicação ao povo judeu é tão clara e direta, mais especialmente quando considerada em relação aos avisos anteriores. Israel é a figueira inútil, cultivada há muito tempo, mas sem produzir frutos para seu dono. Agora ele está em seu último teste: o machado, como João Batista declarou, foi colocado na raiz da árvore; mas o golpe fatal foi adiado pela intercessão da misericórdia. Mesmo naquele momento, o Salvador estava ocupado em seu trabalho de graça para alimentá-lo e cultivá-lo; um pouco mais, e o decreto surgiu: "Corte-o, por que ocuparia ainda a terra inutilmente?".

Não há dúvida de que, nessa como em outras parábolas, existem princípios gerais aplicáveis ​​a todas as nações e a todos os tempos; mas não devemos perder de vista sua referência original e primária ao povo judeu. Stier e Alford parecem perder-se na busca de significados recônditos e místicos nos pequenos detalhes das imagens; Mas Neander dá uma explicação luminosa de sua verdadeira importância: "Como a figueira inútil, que não reconheceu o propósito de sua existência, foi destruída, assim também a nação teocrática, pelo mesmo motivo, depois de ter tido muita paciência, teria que ser alcançada pelos juízos de Deus e cortada de seu reino". (7)


O FIM DO MUNDO OU DA DISPENSAÇÃO JUDAICA?

Parábola do joio e do trigo

Mateus 13:36-50: "Então, tendo despedido a multidão, foi Jesus para casa. E chegaram ao pé dele os seus discípulos, dizendo: Explica-nos a parábola do joio do campo.
E ele, respondendo, disse-lhes: O que semeia a boa semente, é o Filho do homem;
O campo é o mundo; e a boa semente são os filhos do reino; e o joio são os filhos do maligno;
O inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos.
Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será na consumação deste mundo.
Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniquidade.
E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo.
Outrossim o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas;
E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.
Igualmente o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes.
E, estando cheia, a puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora.
Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os justos,
E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes".

Nas passagens citadas aqui, encontramos um exemplo de uma dessas traduções que tem feito muito para confundir e desorientar os leitores comuns de nossas versões bíblicas. É provável que, com a frase "fim do mundo", noventa e nove de cada cem leitores compreendam o fim da história humana e a destruição da Terra material. Eles não imaginariam que o "mundo" em Mt. 13:38 e o "mundo" em Mt. 13:39, 40, são palavras totalmente diferentes, com significados totalmente diferentes. No entanto, esse é o fato. Kosmos em Mt. 13:38 é o mundo corretamente traduzido e refere-se ao mundo dos homens, mas o éon em em Mt. 13:39, 40, refere-se a um período de tempo e deve ser processado por idade ou época. Lange traduz isso como um aion. É de extrema importância compreender corretamente os dois significados desta palavra e da frase "o fim do aion", ou da "era". Aion é, como dissemos, um período de tempo, ou época. É exatamente equivalente à palavra latina aevum , que é meramente aion com traje latino; e a frase traduzida para a nossa versão, "o fim do mundo", deve ser "o fim desta época". Tittman observa: (grego - sunteleia tou aion) no Novo Testamento, não indica o fim do mundo, mas sim a consumação do aion, que deve ser seguido por uma nova era. Este é o caso em Mateus 13:39, 40, 49; 24:3; é de temer que esta última passagem seja mal interpretada quando aplicada à destruição do mundo. (8) Sempre foi crença dos judeus que o Messias inauguraria um novo aion, ou uma nova era: já este novo aion, ou essa era, é chamado de "reino dos céus". Portanto, o aion existente (a era presente) era a dispensação judaica, que agora se aproximava do fim; e o Senhor mostra nessas parábolas de forma impressionante como isso acabaria. É realmente surpreendente que os ouvintes não tenham reconhecido nestas previsões solenes a reprodução e reiteração das palavras de Malaquias e João Batista. Aqui encontramos a mesma separação final entre os justos e os ímpios; a mesma purificação da terra; o mesmo recolher o trigo no celeiro; o mesmo queima da palha [o joio, o restolho] no fogo. Pode haver alguma dúvida de que este é o mesmo ato de julgamento, no mesmo período de tempo, para o mesmo evento histórico, ao qual Malaquias, João e nosso Senhor se referem?

Mas vimos que João Batista previu um julgamento que era então iminente - uma catástrofe tão próxima que o machado 
já estava na raiz das árvores - de acordo com a profecia de Malaquias, que "o dia grande e terrível do Senhor" seguiria a chegada do segundo Elias. Chegamos, portanto, à conclusão de que essa discriminação entre os justos e os ímpios, a reunião do trigo no celeiro e queimando o joio no fogo, se refere à mesma catástrofe, isto é, à ira que veio sobre a mesma geração, quando Jerusalém literalmente se tornou uma "fornalha de fogo", e a era do judaísmo terminou no "grande e terrível dia do Senhor".

Esta conclusão é apoiada pelo fato de que existe uma estreita relação entre esta grande época judicial e a vinda do "reino dos céus". Nosso Senhor representa a separação entre os justos e os ímpios como característica da grande consumação que se chama "o reino de Deus". Mas havia sido declarado que o reino estava nas portas. Segue-se, portanto, que as parábolas diante de nós se referem, não a um evento remoto ainda no futuro, mas a um que, no tempo de nosso Salvador, estava perto.

Um argumento adicional a favor deste ponto de vista deriva da consideração de que nosso Senhor, em sua explicação da parábola da joio, fala de si mesmo como semeador da boa semente: "Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem". É para o seu próprio ministério pessoal e resultados que ele se refere e, portanto, devemos considerar a parábola para ter uma relação especial com seus contemporâneos. Isto está em perfeita harmonia com sua solene advertência de Lucas 13:26-28, onde Ele descreve a condenação daqueles que tiveram o privilégio de apreciar sua presença pessoal e ministério, e que fingiram discipulado, mas eram joio e não trigo. "Então começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença, e tu tens ensinado nas nossas ruas.
E ele vos responderá: Digo-vos que não vos conheço nem sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniquidade. Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus, e vós lançados fora". Mesmo que essa linguagem seja aplicável aos homens em geral sob o evangelho, é claro que teve uma aplicação direta e específica aos contemporâneos de nosso Senhor - a geração que testemunhou seus milagres e ouviu suas parábolas; e que tiveram um relacionamento com ele, como não teve com mais ninguém.

Encontramos na conclusão da parábola do joio uma nota bem impressionante,  que chama a atenção de uma maneira especial para a instrução contida nela: "Aquele que tem ouvidos para ouvir, que ele ouça". Podemos aproveitar a ocasião para fazer uma observação sobre a imensa importância de ter um conceito verdadeiro do período em que nosso Senhor e os apóstolos ensinaram. Isso é indispensável para entender corretamente a doutrina do Novo Testamento sobre o "reino de Deus", o "fim dos tempos" e a "era por vir" ou o mundo por vir. Esse período foi perto do fim da dispensação judaica. A economia mosaica - como é chamado - o sistema de leis e instituições dadas à nação pelo próprio Deus, e que existiram por mais de quarenta gerações - estava prestes a ser substituída e desaparecer. Já estava em cena a última geração que possuía a terra - a última e também a pior - a criança e o herdeiro de seus antecessores. O longo período durante o qual o Senhor esgotou todos os métodos que a sabedoria divina e o amor divino poderiam conceber para cultivar e reformar Israel estava prestes a terminar. Isso acabaria desastrosamente. A Ira, por muito tempo contida e reprimida, explodiria e destruiria aquela geração. Esse seria "o grande e terrível Dia do Senhor". Este é "o fim do século" ao qual o Senhor sempre se referiu, e que seus apóstolos constantemente previam. Eles já estavam na penumbra daquela tremenda crise, cada vez mais perto cada dia, e, finalmente, de repente chegaria "como um ladrão na noite". Esta é a verdadeira explicação das constantes exortações para assistir, ser paciente e esperar, que está em abundância nas epístolas apostólicas. Eles viveram esperando uma consumação que viesse em seu próprio tempo, e que eles pudessem testemunhar com seus próprios olhos. Esse fato é evidente nos escritos do Novo Testamento; é a chave para interpretar muito do que de outra forma seria obscuro e ininteligível, e veremos durante esta investigação quão consistente essa visão é realizada ao longo das Escrituras do Novo Testamento.


A VINDA DO FILHO DO HOMEM (A PAROUSIA) DURANTE A VIDA DOS APÓSTOLOS

Mateus 10:23: "Quando vos perseguirem nesta cidade, fujam para o outro; porque em verdade digo-vos que não passarás por todas as cidades de Israel, antes que venha o filho do homem".

Nesta passagem, encontramos a primeira menção clara a esse grande evento que veremos com tanta frequência a respeito de nosso Senhor e seus Apóstolos, ou seja, sua Parousia. Na verdade, pode-se perguntar, como veremos, se esta passagem corretamente pertence a esta parte da história do evangelho. (9) Mas, deixando de lado a questão por enquanto, vamos nos perguntar o que realmente é a chegada do qual é falado aqui. Será possível, como sugere Lange, que Jesus seguisse seus mensageiros tão rapidamente no seu circuito evangelístico que iria alcançá-los antes de terminar? Ou devemos aceitar, como Michaelis, o significado claro e óbvio indicado pelas próprias palavras? A interpretação de Lange é certamente inaceitável. Quem pode duvidar que "a vinda do Filho do homem", o que é falada em toda parte, é a fórmula pela qual a Parousia,  a segunda  vinda de Cristo, é expressa? Esta frase tem um significado definido e constante, bem como a sua crucificação, ou a sua ressurreição, e não admite qualquer outra interpretação. Mas poderia ter uma dupla referência, primeiro, ao julgamento iminente de Jerusalém e, segundo, à destruição final do mundo, sendo o primeiro considerado como sombra do segundo? Alford aceita o duplo significado e é severo com aqueles que hesitam em aceitá-lo. Ele nos diz o que ele acha que Cristo queria dizer; mas, por outro lado, temos que considerar o que Ele disse. Os defensores do duplo sentido têm certeza de que Ele quis dizer mais do que Ele disse? Vamos olhar para as palavras dele. Alguma coisa pode ser mais específica e mais definida em termos de pessoas, lugar, tempo e circunstâncias do que esta previsão de nosso Senhor? É para os doze que ele fala; são as cidades de Israel que devem evangelizar; o tema é a sua chegada inicial; e o tempo é tão próximo que antes do seu trabalho terminar sua vinda acontecerá. Mas se quisermos ser informados de que esse não é o significado, nem mesmo a metade, e que isso inclui outra vinda, a outros evangelistas, a outras eras e outras terras - uma vinda que, depois de dezoito séculos, ainda é futuro, e talvez remoto - então surge a pergunta: o que a Bíblia não pode significar? O significado gramatical das palavras já não é suficiente para a interpretação; A Escritura é um enigma que deve ser adivinhado, um oráculo que pronuncia respostas ambíguas; e ninguém pode ter certeza, sem uma revelação especial, de que ele entende o que ele lê. Portanto, estamos dispostos a concordar com Meyer que esta dupla referência "não é nada além de uma evasão forçada e antinatural", as palavras significam simplesmente o que dizem - que antes que os apóstolos completassem sua obra de evangelizar a terra de Israel, a vinda do Senhor deveria acontecer.

Esta é a interpretação da passagem tomada pelo Dr. E. Robinson. (10). "A vinda referida é a destruição de Jerusalém e a dispersão da nação judaica, e o significado é que os apóstolos mal teriam tempo, antes da catástrofe, de passar por todas as cidades, alertando as pessoas da destruição de uma geração infeliz, de modo que eles não poderiam se dar ao luxo de atrasar em qualquer lugar depois que seus habitantes tivessem ouvido e rejeitado a mensagem".


A PAROUSIA DEVE TER LUGAR DURANTE A VIDA DE ALGUNS DISCÍPULOS

Mateus 16:27,28: "Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras.
Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino.

Marcos 8:38; 9:1: "Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos". 
"Dizia-lhes também: Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte sem que vejam chegado o reino de Deus com poder" . 

Lucas 9:26, 27: "Porque, qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória, e na do Pai e dos santos anjos.
E em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte até que vejam o reino de Deus."

Esta declaração notável é de extrema importância nesta discussão e pode ser considerada como a chave para interpretar corretamente a doutrina da Parousia no Novo Testamento. Embora não se possa dizer que haja alguma dificuldade especial com o texto, ele causou grande perplexidade entre os comentaristas, que estão muito divididos em suas explicações. Certamente, é desnecessário perguntar o que é a vinda do Filho do Homem que está prevista aqui. Supor que se refere meramente à gloriosa manifestação de Jesus no monte da transfiguração, embora esta seja uma hipótese apoiada por grandes nomes, (11) é tão palpável e inadequada como uma interpretação que dificilmente precisa ser refutada. A mesma observação aplica-se aos comentários do Dr. Lange, que assume que esta vinda foi parcialmente cumprida com a ressurreição de Cristo. Esta exegese de Lange é uma ilustração tão curiosa dos arquivos aos quais os defensores de uma teoria de interpretação bi direcional, que merece ser citada, têm que recorrer. "Em nossa opinião", diz ele: "é necessário distinguir entre o advento de Cristo na glória de seu reino dentro do círculo de seus discípulos, e esse mesmo evento se aplica ao mundo em geral e ao julgamento. O último é o que geralmente é entendido pelo segundo advento: o primeiro ocorreu quando o Salvador ressuscitou dentre os mortos e apareceu no meio de seus discípulos. Assim, o significado das palavras de Jesus é: o momento está chegando quando seus corações descansarem na manifestação da minha glória; nem será o destino de todos os que estão aqui para morrer durante o intervalo. O Senhor poderia ter dito que apenas dois desses naquele círculo morreriam até então, a saber, Ele mesmo e Judas. Mas, na sua sabedoria, ele escolheu a expressão: "Alguns daqueles que estão aqui não vão provar da morte", para lhes dar exatamente a medida da esperança e da expectativa ansiosa que eles precisavam." (12)

Basta dizer que tal interpretação das palavras de nosso Salvador nunca poderia ter passado pelas mentes daqueles que as ouviram. É tão implausível, intrincada e artificial, que é desacreditada pela própria ingenuidade. Mas a interpretação também não satisfaz as exigências do texto. Como a ressurreição de Cristo pode ser chamada de sua vinda na glória de seu Pai, com os santos anjos, no Seu reino e julgando cada um segundo suas obras? Ou como podemos supor que Cristo, falando de um evento que aconteceria mais ou menos em vinte meses, diria: "Em verdade, eu digo a você: alguns dos que estão aqui não provarão a morte até que vejam o reino de Deus?" A própria forma da expressão mostra que o evento que está sendo falado não pode ser dentro de alguns meses, mesmo dentro de alguns anos: é uma maneira de falar, que todos os presentes viveriam para testemunhar o evento que está sendo falado; que muitos não estariam; mas alguns outros sim. É exatamente a maneira de falar que caberia em um intervalo de trinta ou quarenta anos, quando a maioria das pessoas presentes ali teriam morrido, mas algumas sobreviveriam e testemunhariam o evento mencionado.

Alford (13) e Stier compreendem mais razoavelmente a passagem como se referindo "a destruição de Jerusalém e a manifestação completa do reino de Cristo através da aniquilação do estado judeu", embora ambos embaraçam e confundam sua interpretação com a hipótese de uma oculta alusão a outra "vinda final", da qual a destruição de Jerusalém teria que ser "tipo e sinal". Deste modo, no entanto, nenhuma sugestão é dada pelo próprio Cristo ou pelos evangelistas. A verdade é que não se pode negar que nosso Senhor às vezes usava linguagem ambígua. Para os judeus, ele disse: "Destrua este templo, e eu o ressuscitarei em três dias" (João 2:19), mas o evangelista tem o cuidado de acrescentar: "Mas ele falou do templo de seu corpo". Então, quando Jesus alude à maneira de sua própria morte, dizendo: "E eu, se eu for levado da terra", o evangelista acrescenta: "E dizia isto, significando de que morte havia de morrer" (João 12:33). Portanto, é razoável supor que, se os evangelistas conhecessem um significado mais profundo e mais oculto das previsões de Cristo, teriam dado uma indicação disso; mas eles não dizem nada que nos leve a inferir que seu significado aparente não é seu significado completo e verdadeiro. 

Na verdade, não há ambiguidade quanto a vinda do que é aludido na passagem agora em consideração. 

Não é uma das várias aventuras possíveis; mas um único e supremo evento, tão frequentemente predito por nosso Senhor, tão constantemente esperado por Seus discípulos. É a Sua vinda em glória; Sua vinda ao julgamento; Sua vinda em Seu reino; a vinda do reino de Deus. Não é um processo, mas um ato. Não é a mesma coisa que "a destruição de Jerusalém" - esse é outro evento relacionado e contemporâneo; mas os dois não devem ser confundidos. O Novo Testamento conhece apenas uma Parousia, uma vinda em glória do Senhor Jesus Cristo. É completamente um abuso de linguagem falar de vários sentidos nos quais se pode dizer que Cristo vem - como em Sua própria ressurreição; no dia de Pentecostes; na destruição de Jerusalém; na morte de um crente; e em várias épocas providenciais. Este não é o uso do Novo Testamento, nem é uma linguagem precisa em nenhum ponto de vista. Somente esta passagem contém tanta verdade importante a respeito da Parousia, que se pode dizer que cobre todo o terreno; e, quando usado corretamente, será considerado a chave para a verdadeira interpretação da doutrina do Novo Testamento sobre esse assunto.

Concluímos então:

1. Que a vinda da qual se fala aqui é a Parousia, a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo.

2. Que essa parousia seria gloriosa - "na sua glória" e"na glória do seu Pai", "com os santos anjos".

3. Que o propósito de sua parousia foi julgar aquela "geração perversa e adúltera" (Marcos 8:38) e "dar a cada um de acordo com suas obras".

4. Que a sua vinda seria a consumação do "reino de Deus"; o fim da era; "a vinda do reino de Deus com poder".

5. Que o nosso Salvador declarou expressamente que esta manifestação estava próxima . Lange observa corretamente que as palavras são "colocadas enfaticamente no início da oração, não é um futuro simples, mas eles significam: o evento é iminente e que em breve Ele virá, está prestes a vir". (14)

6. Que alguns dos que ouviram o nosso Salvador fazer esta predição teriam que viver para testemunhar o evento do qual ele estava falando, isto é, a sua vinda em glória.

Portanto, segue-se que Ele próprio declarou que a Parousia, ocorreria dentro dos limites da geração que existia, uma conclusão que encontraremos na sequência como justificável e em abundância.

A VINDA DO FILHO DO HOMEM, SEGURA E PRONTA

Parábola da viúva importunada

Lucas 18:1-8: "E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre, e nunca desfalecer,
Dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava o homem.
Havia também, naquela mesma cidade, uma certa viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário.
E por algum tempo não quis atendê-la; mas depois disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens,
Todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte, e me importune muito.
E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz.
E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?
Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?"

O caráter intensamente prático e atual, se podemos chamá-lo assim, dos discursos de nosso Senhor, é uma característica de seus ensinamentos que, embora muitas vezes negligenciados, requer que ele não seja perdido de vista. Ele falou com seu próprio povo, em seu próprio tempo. Ele era o mensageiro de Deus para Israel; e, embora seja muito verdade que suas palavras são para todos os homens em todos os momentos, foram aplicadas principalmente e diretamente à sua própria geração. Por falta de atenção a este fato, muitos expositores fugiram completamente da intenção da parábola diante de nós. Em suas mãos, torna-se uma predição vaga e indefinida de uma reivindicação dos justos, em algum período mais ou menos remoto, mas sem qualquer aplicação especial para o povo e para o tempo do próprio Senhor. Certamente, qualquer aplicação pessoal que essa parábola possa trazer para nós ou para tempos futuros, teve uma aplicação direta e específica aos discípulos a quem foi originalmente abordada. O Senhor estava prestes a deixar seus discípulos "como ovelhas no meio dos lobos"; eles seriam perseguidos e afligidos, e odiados por todos os homens, pelo amor de seu Mestre; e poderia muito bem acontecer que faltasse coragem e que seus corações desmaiassem. Nesta parábola, o Salvador os encoraja a "orar sempre, e não desanimar", através do exemplo do que a oração perseverante pode fazer, mesmo com os homens. Se a importunidade de uma viúva pobre pudesse restringir um juiz sem princípios para fazer justiça a ela, quanto mais Deus, o único juiz, seria movido pelas orações de seus próprios filhos para que suas queixas fossem reparadas. Sem alegorizar todos os detalhes da parábola, como alguns comentaristas fazem, basta sublinhar a sua grande moral. É esta: Os filhos perseguidos de Deus seriam vingados com segurança e prontamente. Deus os vindicaria e logo. Mas quando? O ponto no tempo não foi deixado indefinido. É "quando o filho do homem vier". A parousia seria a hora da reparação e libertação do povo sofredor de Deus.

A reflexão de nosso Senhor no final do versículo oito merece atenção especial. "Mas quando o Filho do Homem vier, ele encontrará fé na Terra?" Neste ponto, devemos retornar aos fatos acima mencionados sobre o ministério de João Batista. Vimos como o horizonte escuro e ameaçador era o ponto de vista do profeta que pregava arrependimento a Israel. Ele foi o precursor do "grande e terrível dia do Senhor"; Foi o segundo Elias enviado para proclamar a vinda daquele que "feriria a terra com uma maldição". A reflexão de nosso Senhor indica que ele previu que o arrependimento, o único que poderia impedir o desastre da nação, não seria procurado. Não haveria fé em Deus, nem em suas promessas, nem em suas ameaças. Portanto, o dia do Senhor seria o "dia da retribuição" (Lucas 21:22).

Doddridge capturou bem o alcance desta parábola, e parafraseia o versículo da seguinte forma: 'Assim, nosso Senhor discursou com Seus discípulos sobre a aproximação da destruição de Jerusalém pelos romanos; e incentivá-los tendo em vista as calamidades que poderiam alcança-los, tanto de seus compatriotas como de outros incrédulos; Ele contou uma parábola, para eles, que tinha a intenção de alertar para esta grande verdade, que independente de quão angustiantes as suas circunstâncias poderiam ser, eles deveriam sempre orar com fé e perseverança, e não desmaiar sob suas provações". (15)

A seguir, é a paráfrase de Lucas 18:8: "Sim, eu digo que Ele certamente irá reivindicá-lo, e quando Ele o faz, Ele o fará rapidamente, e essa geração de homens o verá e o sentirá com terror". No entanto, quando o Filho do Homem, tendo entrado em possessão de seu reino glorioso, No entanto, quando o Filho do Homem tendo entrado em posse de seu reinado glorioso, vindo a aparecer com este importante propósito, você encontrará fé na terra de Israel?" (16)


A RECOMPENSA DOS DISCÍPULOS NA ERA VINDOURA, OU SEJA NA PAROUSIA

Mateus 19:27-29 "Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos? E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna." 

Marcos 10:28-30 "E Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos, e te seguimos.
E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho,
Que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna."

Lucas 18:28-30 "E disse Pedro: Eis que nós deixamos tudo e te seguimos.
E ele lhes disse: Na verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos, pelo reino de Deus,
Que não haja de receber muito mais neste mundo, e na idade vindoura a vida eterna."

A que período devemos designar o evento ou estado aqui chamado pelo nosso Senhor de "regeneração"? É evidentemente contemporâneo do "Filho do homem sentado no trono da sua glória". Não pode haver qualquer dúvida de que as duas frases: "O Filho do homem vindo em seu reino" e "O Filho do homem sentado no trono de sua glória", ambas se referem à mesma coisa e ao mesmo tempo . Isto é, é para a Parousia que ambas as expressões apontam.

Temos outra nota de tempo e outro ponto de coincidência entre a "regeneração" e a Parousia, na referência feita por nosso Senhor à "idade ou éon", como o período em que Seus fiéis discípulos receberiam sua recompensa. (Marcos 10:30, Lucas 18:30) Mas a 'idade vindoura' foi, como já vimos, para suceder a era existente ou aeon, isto é, o período da dispensação judaica, o fim do qual nosso Senhor declarou estar próximo. Concluímos, portanto, que a "regeneração", a "idade vindoura" e a "parousia" são virtualmente sinônimos ou, em todo caso, contemporâneas. A vinda do Filho do homem em Seu reino, ou em Sua glória, é distintamente afirmada como uma vinda em julgamento - 'recompensar cada homem de acordo com suas obras; (Mt. 16:27) e o fato de Ele estar sentado no trono de Sua glória, na regeneração, é evidentemente uma sentença de julgamento. Neste julgamento, os apóstolos teriam a honra de serem conselheiros com o Senhor, de acordo com sua declaração (Lucas 22: 29-30). "Eu, portanto, eu te designei um reino, como meu Pai o designou para mim, para que você possa comer e beber em minha mesa no meu reino, e sentar em tronos julgando as doze tribos de Israel". Mas nosso Senhor expressamente afirma que esta vinda gloriosa para julgar ocorreria dentro dos limites da geração que viveu naquele tempo: "Há alguns dos que estão aqui, que não provarão a morte, até que tenham visto o Filho do Homem vindo em seu reino" (Mt 16:28). Não era, portanto, nenhuma esperança longamente adiada e distante que Jesus oferecia aos seus discípulos. Não era uma perspectiva que ainda é vista de longe na obscura perspectiva de um futuro indefinido. Pedro e seus companheiros discípulos estavam plenamente conscientes de que "o reino dos céus" estava próximo. Eles aprenderam isso com seu primeiro professor no deserto; eles tinham sido assegurados por seu Senhor e Mestre; eles haviam passado pela Galileia proclamando a verdade aos seus compatriotas.


Quando o Senhor prometeu, portanto, que nos próximos dias seus apóstolos deveriam sentar-se em tronos, é concebível que Ele pudesse significar que eras e séculos e até mesmo milênios, tiveram que passar lentamente antes que eles pudessem colher as prometidas honras? A herança da “vida eterna” e o “assentar nos doze tronos” ainda estão entre “as coisas que se esperam, mas não são vistas” pelos discípulos? Certamente tal hipótese se refuta. A promessa teria soado como escárnio aos discípulos se tivessem sido informados de que o cumprimento levaria tanto tempo. Por outro lado, se concebermos a "regeneração" como contemporânea a Parousia, e a Parousia, com o fim da era judaica e a destruição da cidade e do templo de Jerusalém, temos um ponto definido de tempo, não muito distante, mas quase à vista dos homens que viviam, quando o predito julgamento dos inimigos de Cristo e a gloriosa recompensa de seus amigos ocorreriam.